Padilha: Sem dó, nem piedade, Bolsonaro tira recursos de programas essenciais para a saúde

Deputado Alexandre Padilha. Foto: Wesley Moraes/Câmara dos Deputados

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), em seu artigo desta semana critica a proposta orçamentária para 2023, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo Bolsonaro. Ele cita que além de reduzir em 42% os recursos da saúde, a proposta vem com um corte de 50% nas verbas para programas como Farmácia Popular e Mais Médicos. “Sem dó, nem piedade, Bolsonaro sugere tirar investimentos de programas essenciais para o atendimento de saúde da população brasileira e injetar no orçamento secreto, distribuindo recursos para seus aliados políticos na campanha eleitoral”.

Padilha afirma ainda que o Congresso Nacional trabalhe para reverter os cortes, que têm um peso muito grande para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para estados e municípios. “Bolsonaro mostra, mais uma vez, descompromisso com os brasileiros, em especial com aqueles que mais precisam. Seu governo é uma combinação de preços cada vez mais altos, aumento de gastos das famílias, e tesourada em programas que melhoram a vida da população”.

Leia a íntegra do artigo:

Bolsonaro e os cortes para saúde em 2023

O governo Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional sua proposta para o Orçamento de 2023, além dos menos 42% para saúde já anunciados, mais de 50% dos recursos de programas como Farmácia Popular e Mais Médicos serão cortados, segundo a proposta.

Sem dó, nem piedade, Bolsonaro sugere tirar investimentos de programas essenciais para o atendimento de saúde da população brasileira e injetar no orçamento secreto, distribuindo recursos para seus aliados políticos na campanha eleitoral.

Em mais um crime contra a vida das pessoas, 21 milhões de brasileiros não vão mais conseguir pegar remédios para a continuidade de seus tratamentos nas unidades do Farmácia Popular, o programa mais afetado pelos cortes.

O “Saúde Não tem Preço” foi criado há 11 anos, com a ampliação do Programa Farmácia Popular, e significou a gratuidade na distribuição de medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, estando em mais de 80% dos municípios do país, reduzindo as internações e desafogando o SUS.

O programa Mais Médicos foi criado em 2013 e levou atendimento médico a 63 milhões de pessoas que não contavam com acompanhamento de saúde. Com mais de 18 mil profissionais, ele está presente em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas.

Quando se amplia o acesso a medicamentos contínuos e acompanhamento médico e eles são brutalmente interrompidos o problema de saúde é agravado e a pessoa pode vir a ser internada em situação grave. Além do crescimento do número de internações, esses cortes significam aumento do custo para o SUS.

O Congresso Nacional precisa trabalhar para reverter os cortes, eles têm um peso muito grande para o SUS e para estados e municípios. Bolsonaro mostra, mais uma vez, descompromisso com os brasileiros, em especial com aqueles que mais precisam. Seu governo é uma combinação de preços cada vez mais altos, aumento de gastos das famílias, e tesourada em programas que melhoram a vida da população.

 

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi Ministro da Coordenação Política no governo Lula, da Saúde no governo Dilma e Secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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