Orçamento de Bolsonaro e Guedes para 2020 reafirma projeto antipopular

O Orçamento Geral da União para 2020 aprovado na terça-feira, 17, confirma a política de arrocho contra os trabalhadores e o povo do atual governo. O salário mínimo, o Bolsa Família, o serviço público, a educação e o atendimento à saúde são os principais alvos. Primeiro orçamento do governo Bolsonaro/Guedes, os cortes sinalizam o perfil de sua administração antipopular.

O salário mínimo foi aprovado no valor de R$ 1.031,00, sem aumento real. Se garantisse o ganho real, considerando o PIB de 2018, ficaria em R$ 1.041,00. O valor aprovado resulta em uma perda de R$ 133,00 no ano para os trabalhadores. Um valor expressivo considerando que metade da população brasileira vive com R$ 413,00 por mês.

O impacto também é negativo para a economia. Atualmente, 48 milhões de pessoas têm os rendimentos referenciados no salário mínimo. Não dar o ganho real retira mais de R$ 6 bi da economia em 2020.

A proposta revoga um direito consagrado, inclusive na legislação, nos governos Lula e Dilma. Em 2006, o presidente Lula e as Centrais Sindicais acordaram uma regra de reajuste contemplando ganho real para o salário mínimo. Em 2011, a conquista dos trabalhadores foi garantida pela presidenta Dilma Rousseff, com a Lei 12.382.

Diferente do governo de Bolsonaro e Paulo Guedes, os quatorze anos de governos petistas, o salário mínimo teve um aumento real (acima da inflação) de 77%. Durante os governos Lula e Dilma, a pobreza despencou de 30% para 11,5% da população.

Bolsa Família

O orçamento para 2020 tem previsão de cerca de R$ 30 bilhões  para pagamento do Bolsa Família, inferior aos R$ 32 bi destinados em 2019. Sem garantir sequer a recomposição pela inflação, o valor aprovado representa uma perda de R$ 2 bi. O orçamento também não contempla a proposta de 13º sobre os benefícios.

Serviço público

A proposta orçamentária aprovada ainda retirou R$ 6 bi de pessoal, tendo como argumento a aprovação da PEC 186 (da emergência fiscal), sequer apreciada pelo Congresso Nacional. Desse valor, R$ 2,3 bi foram sacados do orçamento do Ministério da Educação, ou seja, das universidades, institutos federais e hospitais universitários. O corte resultará em redução dos serviços prestados à população.

O corte realizado agrava o quadro de investimentos públicos em manutenção e desenvolvimento do ensino. Entre 2019 e 2020, o volume de recursos caiu de R$ 101 bilhões para R$ 95 bi.

Corte na saúde

Os recursos para a saúde ficaram R$ 4 bi abaixo do mínimo necessário, caso não tivesse sido congelado pela Emenda Constitucional 95 (do texto de gastos). Assim, o orçamento desconhece o crescimento da demanda do setor, com aumento da demanda por serviços, custos crescentes e envelhecimento e adoecimento da população devido à crise econômica. Com o orçamento aprovado, o atendimento à saúde pública somará uma perda de R$ 15 bi, entre 2018 e 2020.

PT no Senado

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex