Oposição não admite atropelo e votação da Reforma Trabalhista fica para o dia 28

Oposição não admite atropelo e votação da Reforma Trabalhista fica para o dia 28A bancada de oposição no Senado conseguiu desacelerar nesta quinta-feira (8) o trator do governo golpista, que vem atropelando o regimento para assegurar a apreciação da Reforma Trabalhista (PLC 38/2017). Depois de muita discussão, a oposição conseguiu garantir o respeito aos prazos regimentais e ampliar o período para análise do projeto. Assim, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) será lido na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) apenas na próxima terça-feira (13) e a votação será no dia 20, na própria comissão.

Antes de ir ao plenário, a reforma que tem o claro objetivo de retirar direitos dos trabalhadores, ainda terá seu relatório lido na Comissão de Constituição e Justiça, no dia 21, com votação prevista para o dia 28, vésperas da greve geral dos trabalhadores brasileiros, agendada para o dia 30.

“O que nós conseguimos aqui é uma vitória. Os governistas estão querendo atropelar o regimento e isso é algo que nós não vamos admitir aqui. Eles (governistas) querem passar para sociedade um ar de tranquilidade de que o governo está funcionando ao colocar as reformas para andar. Não há normalidade alguma. O País está completamente parado. Hoje conseguimos uma importante vitória. É importante ganhar tempo porque esse governo pode cair”, disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) fez questão de enfatizar que o acordo firmado entre governo e oposição estabelece prazo apenas para a apreciação da reforma trabalhista nas comissões. “Combinamos um calendário até a Comissão de Constituição e Justiça. Não tem acordo algum em relação a votação no plenário da Casa. Não existe um acordo sobre regime de urgência para votação em plenário no mesmo dia”, reforçou.

O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou o acordo em torno de um calendário que respeita o regimento por garantir o direito das minorias e da oposição de debater sem qualquer atropelo da maioria a proposta.

“O acordo garante que a matéria seja lida e votada com tempo. O debate em plenário é um outro momento. Não precisamos ter nenhum tipo de desgaste em relação ao que vai acontecer em plenário. Esse é um momento de grandeza, sabedoria e respeito a visão da oposição e da minoria. Assim construímos juntos o que seja melhor para a sociedade”, comemorou.

PT na Câmara, com PT no Senado

 

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