O problema do Brasil se chama Bolsonaro e a solução é o impeachment já, afirma Bohn Gass

O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), denunciou hoje (28) o capitão-presidente Jair Bolsonaro como o principal responsável pelos gravíssimos problemas no País — como a morte de quase 400 mil pessoas por Covid-19, o desemprego em massa e a destruição ambiental – e defendeu que a única solução é a aprovação imediata do impeachment.

“O Brasil não pode mais esperar!”, exclamou o parlamentar. “Seja qual for o problema nacional, não há mais forma de resolvê-lo com Bolsonaro no poder”.

“Não há área em que não seja Bolsonaro, ele próprio, o problema. Então, quem quer salvar vidas, tire Bolsonaro; quem quer acabar com a fome, tire Bolsonaro; quem quer salvar a floresta, tire Bolsonaro; quem precisa de emprego, tire Bolsonaro; quem quer crescimento, tire Bolsonaro; quem quer a ciência, tire Bolsonaro; quem quer a vacina, tire Bolsonaro; quem quer a vida, tire Bolsonaro”.

Genocídio

Segundo o líder do PT, “cada morte evitável é um assassinato” e “centenas de milhares de mortes evitáveis significam genocídio.” Ele acusou Bolsonaro de praticar genocídio, lembrando que semana passada o presidente militar posou sorrindo com uma placa em que havia a inscrição CPF cancelado, sinônimo de morte da linguagem dos bandidos milicianos.

“Se vivemos, hoje, um genocídio é porque não há governo. Quando este governo aparece, ele não combate, mas celebra a morte”, frisou o parlamentar. “Quantas vidas teriam sido salvas se tivéssemos um governo? Quantos homens, mulheres, jovens, crianças, ainda teriam um futuro e poderiam celebrar a vida com suas famílias, seus amigos? Poderiam realizar projetos e sonharem viver em um país justo?”

Impeachment é a solução

Na opinião do líder do PT, está passando da hora de a Câmara dos Deputados reconhecer a realidade e abrir processo de impeachment contra Bolsonaro. Ele observou que não é só de pandemia que as pessoas estão morrendo, mas também de fome, mal que havia sido extirpado durante os governos Lula e Dilma.

“São 19 milhões de brasileiros que passam fome todos os dias, 125 milhões que sofrem com insegurança alimentar. É o segundo genocídio. E quem fez isso? O governo. Foi ele que acabou com os estoques reguladores, devastou as políticas sociais, atacou a agricultura familiar, revogou o auxílio emergencial. O Brasil não pode mais esperar”, comentou Bohn Gass.

Ele sublinhou que não há perspectiva de o Brasil ter crescimento econômico, criação de empregos e renda e garantir vida digna à população enquanto Bolsonaro estiver no governo, com um projeto elitista, neoliberal, antinacional e destruidor de direitos sociais, trabalhistas e econômicos.

Desemprego em massa

De acordo com o líder do PT, o governo militar conduzido pelo capitão-presidente transformou o Brasil no único país do mundo que, segundo a OCDE, não retomou o crescimento econômico, dada a implementação de políticas que devastaram a indústria, travaram o investimento e, principalmente, arrebentaram o mercado de trabalho.

“Por isso o desemprego só cresce e a renda cai. O Brasil de Bolsonaro consegue combinar estagnação com inflação, isso é realmente inacreditável, mas infelizmente é uma realidade, que flagela os mais pobres e mata. A causa é óbvia: é o homem da casa de vidro. Não! O Brasil não pode mais esperar”, enfatizou o parlamentar.

Devastação da Amazônia

Além das mortes, fome, miséria, inflação, desemprego, Bohn Gass denunciou que o governo militar tem promovido a maior devastação ambiental na história do País, com a dilapidação de riquezas naturais, em especial na Amazônia.

O deputado lembrou que o desmatamento e as queimadas são recordes, mas sem punição a ninguém, já que Bolsonaro anistia os criminosos ambientais, desmantela a máquina pública de fiscalização ambiental e ainda “demite os servidores públicos que deveriam impedir os crimes.”

“O caso do chefe da Polícia Federal do Amazonas é emblemático. Ele fez a maior apreensão de madeira ilegal da história. E o que fez o governo? Liberou a madeira, livrou os criminosos e puniu o delegado, ou seja, de novo, celebrou o crime, a morte”, denunciou o líder do PT. “Nossa floresta não aguenta mais, nossos biomas estão entrando em colapso”.

Segundo o líder petista, há “220 milhões de motivos” para tirar o capitão-presidente do poder, já que o que está em jogo é “a vida de cada brasileiro e de cada brasileira”. Ele informou que a Bancada do PT trabalhará intensamente, junto com as demais bancadas da Oposição e todos os Parlamentares e entidades que assinaram pedidos de impeachment na Câmara para que os processos andem.
“O Brasil não merece ter um presidente genocida que destrói a sua economia, o seu povo, a Nação, a Pátria brasileira”, bradou Bohn Gass.

O líder do PT votou a defender a aprovação de auxílio emergencial de R$ 600,00, como era no ano passado, já que o valor do atual – cerca de R$ 5,00 por dia – não resolve a situação de quem precisa do benefício. Para ele, o auxílio deve ser concedido até o fim da pandemia, alcançando um universo de 60 milhões de pessoas, como foi no ano passado. Neste ano, por determinação de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, apenas 40 milhões de brasileiros receberão o auxílio emergencial e apenas durante um período curto de 4 meses.

“As pessoas estão passando fome e precisam do auxílio emergencial; os municípios e o comércio também precisam”, argumentou o líder do PT. Com o pífio valor apresentado pelo governo, alertou Bohn Gass, a economia não vai se recuperar e as pessoas vão continuar passando fome.

Redação PT na Câmara

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