MST completa 38 anos de lutas sociais e resistência no Brasil

É de solidariedade que o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) se fortalece em suas lutas sociais por direitos à terra e à produção de alimentos. Neste sábado (22) o MST completa 38 anos de resistência e de história pela reforma agrária e pelo combate à fome.

Conforme Alexandre Conceição, da direção nacional do MST, atualmente o Brasil conta com 450 mil famílias assentadas. Todas, segundo ele, obtiveram o acesso à terra devido à solidariedade de classe dos camponeses, das camponesas, dos partidos e movimentos sindicais do País.

Apesar das conquistas, Alexandre ressalta que ainda há 20 milhões de pessoas que necessitam de terra no Brasil e que entre 80 e 90 mil famílias ainda estão acampadas.

Por um Brasil Melhor

Pela sua conta no Twitter, o ex-presidente Lula parabéns ao MST pelos seus 38 anos de vida e luta “por um Brasil melhor, para que milhares de famílias tenham hoje e amanhã onde viver, trabalhar, criar seus filhos e cultivar alimentos saudáveis para o povo brasileiro. #MST38Anos”

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara também usaram suas redes sociais para celebrar a data. O líder do partido, deputado Reginaldo Lopes (MG) , enfatizou que o MST completa hoje 38 anos de muita “luta e resistência por um Brasil mais digno, que respeite o direito à terra, trabalhe pela economia solidária e pela produção de alimentos saudáveis para o povo brasileiro”.

O deputado Patrus Ananias (PT-MG), que já foi ministro do Desenvolvimento Agrário, destacou que ainda são muitos os desafios na principal bandeira do movimento: a realização de uma ampla reforma agrária popular, que garanta o direito de posse e uso da terra para todos que nela trabalham”. Ele acrescentou que, “nossa luta, hoje, é pela reforma agrária e contra a violência no campo e a tentativa de criminalização dos movimentos sociais perpetrada pelo governo Bolsonaro”.

Na avaliação do parlamentar mineiro, ainda é preciso discutir a aplicação efetiva do princípio social da propriedade. “Não se trata de negar o direito de propriedade. Trata-se de adequá-lo aos outros direitos fundamentais, ao interesse público e ao desenvolvimento integral, integrado e sustentável do Brasil”, afirmou.

Ao parabenizar o MST, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) relembrou a luta do movimento pelo direito à terra, por alimentos sem agrotóxicos e pela economia solidária.

E para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o MST é um movimento necessário numa sociedade que não fez o luto do colonialismo, da escravidão, marcada por profunda desigualdade. “Seguimos firmes na luta por reforma agrária popular e pela produção de alimentos saudáveis! Viva o MST!”.

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) disse que se emociona sempre que fala do MST porque quem tá na luta sabe a importância e a força da organização. “Minha luta é e sempre foi ao lado do MST e assim vai continuar. Meu mandato está à disposição de quem luta por uma sociedade justa e igualitária – e o MST nos dá, diariamente, uma aula de como fazer isso”.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) afirmou que o MST “é minha escola política. Viva seus 38 anos de resistência, solidariedade e luta por um Brasil mais justo!”

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) destacou o carinho que os integrantes do movimento têm com a terra e os parabenizou pela produção de alimentos sem veneno, pela campanha de reflorestamento, pela dignidade no campo e pela defesa da democracia. “Vida longa ao MST por um Brasil justo e sustentável”, desejou.

Os deputados petistas Carlos Zarattini (SP), Rogério Correia (MG), Alencar Santana Braga (SP), Célio Moura (TO), Henrique Fontana (RS), Helder Salomão (ES), Paulo Pimenta (RS),  José Guimarães (CE) e Rubens Otoni (GO) também destacaram a lutas e vitórias do MST.

Mais de 6 mil toneladas de alimentos

Desde o início da pandemia o Movimento Sem Terra doou mais de 6 mil toneladas de alimentos e plantou árvores de norte a sul do país. No Natal Sem Fome, em parceria com a campanha nacional PT Solidário, 250 mil pessoas receberam doações de alimentos em todas as regiões do Brasil.

A secretária Nacional de Movimentos Populares do Partido dos Trabalhadores (PT), Lucinha Barbosa, destaca a sua história de lutas com o MST e afirma que o movimento é exemplo de solidariedade e referência na defesa dos direitos humanos.

“O MST caminha para os 38 anos de lutas e de conquistas para a classe trabalhadora do campo e da cidade. Tenho muito orgulho de fazer parte desse Movimento, que fez de minha vida organização e luta. Além da luta por Reforma Agrária e pelo direito à terra, e de ser o maior de orgânicos do Brasil, o MST é exemplo de solidariedade e referência na defesa dos direitos humanos, tendo tido grande destaque durante a pandemia com a doação de toneladas de alimentos, e na ajuda aos municípios baianos que sofreram com as fortes chuvas no início de 2022. Viva o MST e a resistência do povo Sem Terra de todo o País!

Vânia Rodrigues, com PT nacional

 

 

 

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