Mulheres promovem ato contra movimento golpista

mulheres Richard Silva PCdoBnaCamara1

 

Deputadas e senadoras de vários partidos e militantes de várias organizações e movimentos sociais realizaram, nesta quarta-feira (16), um ato de repúdio ao movimento golpista que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A manifestação em defesa da democracia e do mandato legítimo conquistado nas urnas ocorreu no Salão Verde da Câmara, e contou com cerca de 30 parlamentares e mais algumas dezenas de militantes, todas usando réplicas da faixa presidencial usada por Dilma nas cerimônias de posse.

“Estamos na luta contra o golpe e pela democracia, em defesa de Dilma. Não há motivo para o impeachment. Nós subimos a rampa com a primeira mulher eleita e reeleita presidenta da República e não deixaremos que ela seja retirada à força por um golpe dos fascistas”, explicou a deputada Moema Gramacho (PT-BA), uma das coordenadoras da atividade, que também contou com palavras de ordem contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ressaltou que a presidenta está de “cabeça erguida” e tem um compromisso firme com a democracia, mas avalia que existe um componente de machismo e misoginia no movimento golpista por conta de se tratar de uma mulher no comando do País. “Nós sabemos que o machismo e o desrespeito têm imperado porque ela é mulher, mas nós também temos certeza que, por ela ser mulher, ela faz com que outras mulheres tenham força e energia para ir às ruas dizer não ao golpe!”, disse Benedita.

“Se nós olharmos a chapa avulsa que foi criada para tomar de assalto a comissão especial que vai julgar a admissibilidade do pedido de impeachment, veremos que ela está dominada pelos setores mais fundamentalistas e obscurantistas do Parlamento. Dilma, em grande medida, é atacada porque é mulher, é um ataque de gênero”, acrescentou a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Também participaram do ato, entre as parlamentares petistas, a senadora Fátima Bezerra (RN) e as deputadas Ana Perugini (SP), Margarida Salomão (MG), Maria do Rosário

Após o ato, uma comitiva representando o grupo de mulheres entregou à presidenta um manifesto repudiando o golpe e defendendo a democracia. Confira abaixo o texto do manifesto:

“Mulheres pela Democracia, contra o golpe, fica Dilma”

Neste dia 16 de dezembro de 2015, Dia de Luta contra o Impeachment, nós senadoras, deputadas federais, lideranças sindicais e representantes de movimentos sociais participamos do ato das mulheres em defesa da Democracia, colocando para a população em uma coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara dos Deputados nossa contrariedade ao golpe!

Com esse ato, mostramos que a luta pelo empoderamento das mulheres passa também pelo fortalecimento do mandato da primeira mulher eleita e reeleita Presidenta do Brasil, consolidando o compromisso das mulheres em defesa da Constituição Federal, em nome da justiça e da estabilidade do país.

Reviver 1964 é inconcebível para àqueles que sabem que muito sangue foi derramado e muitas vidas foram ceifadas até que conquistássemos a Democracia. Defender nossos direitos até aqui, arduamente alcançados e defender nossa maior representante foi o principal objetivo do ato, onde mulheres de todo o país gritavam “Não vai ter Golpe”. Assim, nos somamos neste dia histórico na luta contra o impeachment, que representa um golpe principalmente contra nós, mulheres.

Não nos acovardamos diante desta afronta à nossa luta e nossos pleitos. Não vamos nos eximir de tamanha responsabilidade e vamos para a rua nos somar às milhares de vozes que hoje vão gritar #SomosDilma, #NãoVaiTerGolpe e #ForaCunha.

As razões expostas para sustentar o pedido de impeachment da presidenta Dilma são inconsistentes e improcedentes. Não existe ato ilícito previsto em nossa Constituição que justifique este processo, que forças reacionárias, tentam mover, sob o signo de arbitrariedade no Parlamento Federal, inconformadas com o resultado democrático das urnas.

Defendemos a soberania dos 54 milhões de votos em eleições livres e democráticas. Somos contra o golpismo instituído por aqueles que não sabem aceitar a vontade da maioria expressa nas últimas eleições.

Estamos certas de que esta luta contra o golpe é essencial para o destino do país e será decisiva para, uma vez debelada a crise política, reconstruir as condições que permitam a retomada do desenvolvimento do Brasil, com ênfase na distribuição de renda, na geração de empregos, na ampliação e consolidação dos direitos das mulheres, na inclusão social e na melhoria dos serviços públicos.

EM DEFESA DA DEMOCRACIA, CONTRA O GOLPE. FICA DILMA!

MULHERES CONTRA O GOLPE!!!

PT na Câmara

Foto: Richard Silva/PCdoB na Câmara

 Ouça a Líder do PCdoB na Câmara Deputada Jandira Feghali na Rádio PT

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Ouça a Senadora Fátima Bezerra na Rádio PT

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