O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), anunciou hoje (7 ) os nomes dos deputados do partido que integrarão a comissão especial destinada a dar parecer pela instauração ou não de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além do próprio líder da bancada e do líder do Governo na Câmara, José Guimarães (CE), farão parte da comissão os deputados Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS), José Mentor (SP), Paulo Teixeira (SP), Wadih Damous (RJ) e Vicente Cândido (SP).
Os suplentes pelo PT são Afonso Florence (BA), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP), Leo de Brito (AC), Maria do Rosário (RS), Paulo Pimenta (RS), Pepe Vargas (RS) e Valmir Assunção (BA). Os nomes foram escolhidos em reunião da bancada que durou mais de três horas. O PT e o PMDB são os partidos com o maior número de integrantes do colegiado de 65 deputados – cada uma das legendas terá oito parlamentares. O PSDB vem em segundo lugar (6 membros), o PP, PSD, PR e PSB têm 4 membros, cada um, o PTB 3 integrantes, o PRB, PDT, DEM, SDD e PSC contam com 2 integrantes, cada um, e o PCdoB e PPS têm 1 vaga, cada um.
Os nomes indicados pelas legendas serão confirmados em sessão marcada para 14h de amanhã (8), quando também serão eleitos o presidente e relator da comissão especial. Conforme determina a Constituição, a partir da eleição do presidente e do relator, haverá uma notificação à presidenta, que terá prazo de 10 sessões para apresentar uma defesa. Depois, o colegiado terá outras cinco sessões para votar relatório pela abertura ou não de processo de impeachment. O parecer ainda tem que ser obrigatoriamente submetido ao plenário. A abertura do processo depende dos votos de 342 dos 513 deputados.
Futrica – O líder do PT reafirmou a “total disposição” da Bancada do PT de trabalhar durante o recesso e destacou a importância de o Congresso continuar tratando de temas econômicos, votando as medidas de ajuste antes do Natal. “O povo não tem nada a ver com essa futrica que o PSDB inventou chamada impeachment. Esse País precisa andar. Quem pensa sério quer resolver esse assunto logo e temos de resolver isso logo”, declarou.
O líder reiterou as críticas ao golpismo do PSDB e de seus partidos satélites, que defendem o impeachment sem nenhuma base legal. “A acusação contra a presidenta não se sustenta por um minuto”, disse, reafirmando seu entendimento de que a justiça prevalecerá.
“Esperamos que o Brasil vire essa página, o Brasil não aguenta um quarto golpe e este seria o mais absurdo de todos, porque é chamado de golpe da caneta”, afirmou. “O Brasil não pode carregar na sua história mais uma tentativa sórdida, suja, complicada, moleque (de golpe). O Brasil não merece e não quer esse tipo de coisa”. Para ele, a “molecagem antidemocrática” do PSDB é “totalmente prejudicial aos interesses de todo o povo brasileiro” e deve ser rechaçada pela população. “Não se brinca com a democracia”
Ele também criticou duramente a covardia do PSDB, por ter terceirizado, via Eduardo Cunha e os juristas golpistas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal a tentativa de impetrar o impedimento da presidente Dilma. Para Sibá, o PSDB e seu presidente, o senador Aécio Neves (MG), precisam se convencer de que para ganhar as eleições é preciso ter propostas que sejam referendadas pelas urnas, com os votos da população. “Não vão ganhar à base da caneta, no tapetão, sem votos do povo”, completou.
Equipe PT na Câmara
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