O deputado federal João Lula Daniel (PT-SE) parabenizou as entidades da sociedade civil que nos últimos dias têm realizado diversas manifestações contra o chamado “pacote do veneno”. Esse pacote consiste em projetos de lei, defendidos por representantes do agronegócio na Câmara Federal, que, entre outras coisas, vão facilitar o uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras.
No plenário da Câmara, durante a sessão de quarta-feira (9), João Daniel destacou a manifestação de membros do Ministério Público Federal, do Ministério da Saúde e órgãos, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Conselho Nacional de Direitos Humanos, que têm se manifestado, que exigem do parlamento brasileiro uma posição. “Nós gostaríamos de parabenizar todas as entidades da sociedade civil. Mais de 200 organizações assinaram o manifesto contra o pacote do veneno. Todos afirmam que este pacote vai contra os interesses da saúde pública brasileira. O Brasil é o País que mais consome agrotóxicos. O mundo inteiro está debatendo a questão dos alimentos saudáveis, da agroecologia”, disse João Daniel.
Informações sobre o uso de agrotóxicos não são mais divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é subordinada ao Ministério da Saúde, segundo a Assessoria de Comunicação do órgão. Para Daniel, é muito grave o que se está debatendo e o que se está aprovando sobre a questão dos agrotóxicos que, segundo ele, recebe outros nomes e que tenta ser flexível com as grandes empresas agroquímicas interessadas, bem como interesses que vão contra a saúde pública brasileira.
O deputado alerta para que este debate seja levado para a Câmara e defende uma maior preocupação com a produção agroecológica no país. “Alertamos todos os parlamentares, independentemente do partido, que o que nós deveríamos nos preocupar era com a produção de produtos agroecológicos, com produtos que ajudem na saúde da população, na diversificação, e não defender a monocultura e os agrotóxicos. Desse modo, é fundamental que a sociedade continue a mobilização. Essa mobilização depende da sociedade brasileira”, frisou o parlamentar.
Assessoria de Imprensa