Deputado alertou que a privatização da empresa, com a venda dos gasodutos, da BR distribuidora e de refinarias, está diretamente ligada à dolarização dos preços.
“O caminho para baixar o preço dos combustíveis não é privatizar a Petrobras, é o oposto: renacionalizar”, declarou o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) da tribuna da Câmara. O parlamentar afirmou que a única maneira de reduzir o valor dos combustíveis é terminar com a dolarização dos preços, retomar a capacidade de refino e reduzir os lucros exorbitantes dos acionistas minoritários da empresa, que podem chegar a quase R$ 200 bilhões só neste ano.
Fontana lembrou que quando Lula e Dilma foram presidentes, o barril de petróleo chegou a custar 140 dólares, como hoje, e a gasolina custava entre R$ 2,70 e R$ 2,80. “O que mudou?”, questionou. “O que mudou foi essa privatização parcial e a dolarização de preços com o objetivo de tornar a Petrobras mais atrativa para aqueles que querem comprá-la”, denunciou. Se o Brasil retomar sua capacidade de refino e produzir petróleo a 40 ou 45 dólares o barril, explicou o deputado, poderia fazer um “mix de preços” para controlar a inflação e fomentar a economia brasileira.
Nova cortina de fumaça
Henrique Fontana alertou, ainda, que a proposta de criação de uma CPI na Câmara é mais uma cortina de fumaça criada pelo governo Bolsonaro para fugir da responsabilidade e iludir a população. “Não é inventando uma CPI de pirotecnia e iludindo a opinião pública que se resolve a questão do preço dos combustíveis no Brasil”, afirmou.
Para ele, o Brasil precisa recuperar a soberania nacional, com adoção de uma política por parte da Petrobras que garanta a proteção da vida dos brasileiros e da economia brasileira. “Ou fazemos isso ou o Brasil continuará nesse descalabro que Bolsonaro nos colocou”, advertiu.
Assessoria de Imprensa deputado Henrique Fontana