O deputado Helder Salomão (PT-ES) denunciou no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (2), a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, por R$ 10 bilhões – valor bem abaixo do mercado – para o grupo Mubadala Capital dos Emirados Árabes. O valor da refinaria era avaliado em R$ 21 bilhões. A venda foi oficializada após uma viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Emirados Árabes.
“O presidente brasileiro foi aos Emirados Árabes e ninguém sabia muito bem disso, embora nós já houvéssemos dito que o presidente estava fora do Brasil para entregar mais uma vez os interesses do País aos interesses internacionais”, disse o parlamentar.
Helder Salomão destacou que a refinaria Landulpho Alves é a primeira de oito refinarias que o atual governo quer privatizar por um preço, que segundo o deputado, trará um rompo ao País. “O prejuízo dessa viagem do presidente e sua comitiva para as arábias é de R$11 bilhões, por enquanto, porque um fundo árabe agora assume o controle desta refinaria no estado da Bahia, só que não se trata apenas desta Refinaria Landulpho Alves. Ela é a primeira de oito refinarias. Nós teremos um rombo de mais de R$ 100 bilhões, que este governo vai promover com a privatização das refinarias”.
O deputado recordou que durante os governos petistas do ex-presidente Lula e da ex-presidenta Dilma Rousseff, as refinarias eram usadas para refinar o petróleo, para valorizar o conteúdo nacional, gerar emprego e renda ao Brasil, “agora estão sendo vendidas a preço de banana”.
“Povo brasileiro, fiquemos atentos, porque a privatização dessas refinarias significa que o Brasil vai ficar mais pobre, vai ficar mais frágil, vai ficar mais dependente e a nossa soberania ameaçada. A nossa soberania estará cada vez mais ameaçada. Com isso, nós teremos mais desemprego, nós teremos mais fome e é isso que o governo Bolsonaro promove”, lamentou Helder Salomão.
Derrotar o fascismo
Para Helder Salomão é preciso derrotar o fascismo em 2022 com as eleições. “Haveremos de derrotar esse projeto, que é um projeto das elites econômicas, políticas, financeiras que não se preocupam com a dor do nosso povo, que não se preocupam com o Sistema Único de Saúde, que não se preocupam com a educação pública de qualidade. Mas nós haveremos de retomar o controle deste País, sob a ótica dos trabalhadores, de um povo que, mesmo sofrido, mesmo apunhalado pelas costas, não desiste, tem esperança, tem fé no futuro deste País. Por isso, no ano que vem, nós vamos trazer de volta o debate para eleger aquele que foi o melhor presidente da história do nosso País: Luiz Inácio Lula da Silva”.
Lorena Vale