Com 209 assinaturas de parlamentares de 23 partidos diferentes, a frente parlamentar pretende analisar todos os projetos sobre o tema que estão no Congresso. Para o coordenador da frente, deputado Zé Carlos (PT-MA), os bancos públicos possuem funções específicas que os bancos privados não realizam.
“O banco privado foi feito para dar lucro com menos risco. Ele não entra onde tem muito risco, não faz financiamento para classe mais humilde com juros baixos e com pouco lucro. Portanto, é fundamental a manutenção deles, todos os bancos públicos têm seu papel importante”, salientou. “Os bancos privados trabalham maximizando lucros, somente; os bancos públicos trabalham querendo lucro, mas com o desenvolvimento social justo”, finalizou.
Poder do crédito
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), a atuação dos bancos públicos no País é fundamental. Segundo ela, quem defende a privatização dos bancos públicos não conhece o Brasil.
“Quem defende essa ideia não sabe que 98% do crédito imobiliário de baixa renda está concentrado na Caixa. Não sabe que o crédito rural precisa do Banco do Brasil, que é um crédito de risco, porque a produção está sujeita às intempéries da natureza. Não sabe o poder transformador que o crédito produtivo tem.”
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, destacou que a frente parlamentar é um espaço para que a sociedade e o poder público possam discutir em conjunto.
“Para gente, é um momento de vitória ter essa união de quantidade enorme de parlamentares nessa frente. Isso nos permite encorajar, na nossa campanha, a envolver os diversos segmentos da sociedade na defesa dos bancos públicos, do emprego, do desenvolvimento”, comemorou.
Parlamentares e organizações decidiram relançar a Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos após frequentes declarações de integrantes do governo propondo a privatização da área financeira do País.
Agência Câmara Notícias