Os deputado federais Carlos Zarattini (PT-SP) e Frei Anastácio (PT-PB) demonstraram total apoio aos funcionários do Banco do Brasil que estão mobilizados contra a demissão de cinco mil pessoas e o fechamento de 361 agências no País, num plano de desmonte que a direção da instituição chama de “reestruturação”.
“Esse governo tem como política enfraquecer, fatiar, desmontar as empresas estatais, os bancos e instituições públicas para justificar a privatização”, denunciou Zarattini. “O BB tem o papel de ajudar no desenvolvimento do país e não na geração de mais desempregados”, afirmou o parlamentar.
Tragédia
“Infelizmente a decisão deixará 5 mil funcionários do banco desempregados, engrossando as fileiras de mais de 4 milhões de desempregados já existentes no Brasil. Uma tragédia que parece não ter fim e que demonstra total desrespeito do governo Bolsonaro com o povo brasileiro e com a economia do país”, lamentou Frei Anastácio.
O parlamentar lembrou ainda que os efeitos do fechamento de unidades do banco serão sentidos não apenas pelos funcionários demitidos, mas pela sociedade de forma geral, já que em muitas cidades a agência do Banco do Brasil é a única. O Banco, fundado no século 19, está presente em todo o território nacional e tem papel estratégico para a economia do País.
“O plano de reestruturação precisa ser revisto e discutido com funcionários e representantes dos sindicatos de todas as regiões do país. A necessidade de se encontrar uma solução que seja boa para funcionários e sociedade é urgente. Com essa decisão de fechamento de unidades e demissão de funcionários, quem sairá ganhando serão só os acionistas do Banco”, afirmou Frei Anastácio.
Convocação de Paulo Guedes
Funcionários do Banco do Brasil protestaram na sexta-feira (29) contra a política de desmonte promovida pelo governo Bolsonaro para forçar a privatização da instituição.
No sábado, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, deputado federal Zé Carlos (PT/MA), informou que serão empreendidos esforços para a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do BB, “qualquer que seja ele”, para explicarem como o fechamento de agências e demissão de funcionários “podem ser por eles consideradas como medidas de fortalecimento do banco”.
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Redação PT na Câmara com Assessoria de Comunicação