Em discurso no plenário da Câmara, nesta quinta-feira (30), a deputada Erika Kokay (PT-DF) fez um alerta à sociedade brasileira sobre as “vozes fascistas” que ocupam a tribuna da Casa e, segundo ela, ganham força porque ouve a violação dos preceitos constitucionais estabelecido na Constituição de 1988.
“Temos nas tribunas, onde se disse que era preciso honrar a Constituição, e onde nós honramos a Constituição, apologias ao estupro, apologias à tortura, defesa de assassinato de um menino de dez anos e defesa do assassinato de indígenas”, condenou Erika. “Estamos vendo esta tribuna ser ocupada por vozes fascistas que assumem à força, que assumem porque há uma ruptura democrática”, completou.
Erika denunciou ainda, a hipocrisia do discurso anticorrupção utilizado pela cúpula do PMDB para aplicar o golpe no País. “O PMDB é o partido que tem mais denúncias de corrupção na Operação Lava-Jato”, afirmou.
Erika lembrou que a perícia realizada pelos analistas do Senado derrubou os argumentos dos golpistas para justificar o impedimento da presidenta Dilma Rousseff.
“O laudo do Senado diz não ter havido pedalada fiscal de Dilma. Mas essa verdade não conta, porque a verdade está sobre as botas metafóricas que implementaram um golpe neste País”, denunciou a petista.
Ainda conforme discursou Erika, as vozes que sobem na tribuna para falar de combate à corrupção se calam frente às graves denúncias que envolvem Eduardo Cunha e o partido dele, o PMDB. “O Procurador-Geral da República solicitou a prisão de quem? Ele solicitou a prisão de representantes do PMDB”, salientou.
“Estes são os partidos que têm mais denúncias de corrupção: o PP e o PMDB. Eles ocupam o pódio do ódio, do escárnio com os recursos públicos, porque são os partidos que têm mais envolvimento na Operação Lava-Jato”, observou Erika. Ela fez questão de ressaltar que três ministros interinos do PMDB foram afastados do cargo após confessarem que era preciso aplicar um golpe na presidenta Dilma para estancar a Operação Lava-Jato.
“O discurso e as vozes que o Brasil inteiro escutou estarrecido, que indicam a condição de delinquência do então ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), estão esquecidos? Está esquecido o que foi construído neste País de inclusão? Porque quando há ruptura democrática, os direitos estão ameaçados”, alertou a petista. Erika enfatizou ainda que no governo interino e golpista do PMDB, 40% de seus integrantes estão envolvidos em corrupção.
Benildes Rodrigues
Foto: Salu Parente