Em dia de luta contra a fome, a miséria e a morte, petistas cobram saída imediata de Bolsonaro

Movimentos sociais, entidades da sociedade civil e parlamentares intensificaram nesta terça-feira (20), a luta contra a morte, a fome e a miséria que assombra a vida da maioria do povo Brasileiro. O dia 20 de abril será registrado na história como dia nacional de luta e conscientização contra a fome, por auxílio emergencial de R$ 600, vacina para todos e pelo afastamento definitivo de Jair Bolsonaro da Presidência da República.

Atos em todos o País – chamando a atenção da sociedade e das instituições brasileiras e mundiais – foram organizados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, partidos de oposição, centrais sindicais e movimentos populares. Com o tema ‘comida no prato, vacina no braço’, os organizadores dos protestos denunciam o descaso do governo brasileiro no enfrentamento à pandemia e o abandono do povo à própria sorte.

O Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass (PR), disse que dos muitos crimes de Bolsonaro, o mais grave “é a omissão absoluta de seu governo diante do aumento da fome”. Ele citou que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas, no Brasil, não têm acesso a uma alimentação decente.

Resgate histórico

Bohn Gass traçou um paralelo entre o Brasil dos governos Lula e Dilma, e o Brasil do golpe, representado por Temer e Bolsonaro. Segundo o deputado, o programa Fome Zero criado no início do governo do presidente Lula, a partir da luta de Herbert de Souza, o Betinho, com a Ação da Cidadania. De acordo com o deputado, inicia-se em 2003 a luta incessante contra falta de comida, e que no governo Dilma o resultado dessa ação foi o Brasil sair do Mapa Mundial da Fome.

Com o golpe de 2016, continua o líder petista, Temer e Bolsonaro reduziram os programas de renda mínima e abandonaram políticas públicas vitais como a de compras públicas para pessoas vulneráveis e alimentação escolar.

Bohn Gass lembrou que em 2003, no discurso de posse, o presidente Lula afirmou que “se, ao final de meu mandato, cada brasileiro puder se alimentar três vezes ao dia, terei realizado a missão da minha vida”.

“Lula realizou a missão. E esta talvez seja, hoje, a maior razão para querermos a volta dele ao governo: garantir que todo o povo brasileiro tenha o que comer”, afirmou Bohn Gass.

Mapa da fome

Na avaliação do ex-ministro da Saúde, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), Bolsonaro fez com que o Brasil voltasse ao Mapa da Fome e entrasse no mapa mundial como a maior ameaça global da Covid-19. “Seu projeto genocida coloca nosso povo na fome, da perda total de renda e de multiplicação em dívidas, aumentando a exposição à própria Covid, acelerando nosso caminho para morte”, acusou.

Auxílio

Em discurso na tribuna virtual da Câmara, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) reafirmou a bandeira empunhada pela bancada petista e pelos partidos de Oposição que defendem auxílio emergencial no valor de R$ 600 para a população até o fim da pandemia, e vacina do SUS para todos os brasileiros.

“Bolsonaro deixou o Brasil para trás na fila mundial das vacinas e, com isso, aumentou a tragédia provocada pela pandemia, o que já se aproxima de um total de 375 mil mortos em nosso País. Chega de mortes por Covid. Chega de fome por negligência. Chega de incompetência. O povo brasileiro não aguenta mais”, bradou a deputada carioca.

O deputado Jorge Solla (PT-BA) acredita que a luta para que a vacina chegue no braço de todos os brasileiros o mais rápido possível, via SUS, é uma luta essencialmente pela vida do povo brasileiro.

“É, portanto, indissociável da luta pelo auxílio emergencial de R$ 600 e R$ 1,2 mil, que é a única maneira de garantir que a população brasileira possa seguir medidas de isolamento e, assim, salvar vidas”, destacou Solla, que é médico.

Para o deputado Célio Moura (PT-TO) “quem tem fome não pode esperar”. “Precisamos nos sensibilizar, lutar e vencer, novamente, o estado de fome em que atualmente passam nossas irmãs e irmãos, em todo território nacional”.

Moura disse ainda que é urgente a defesa do auxílio de – no mínimo -, R$ 600 para que em segurança alimentar “a pessoa possa viabilizar, também, o isolamento social e – com isso – se proteger do vírus mortal”. “Lembrando sempre que a vacina já era para estar no braço, não fosse o governo carrasco. Vacina Já”, defendeu Célio Moura.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) é da mesma opinião. Para ele, hoje é dia de luta para que o auxílio emergencial, de fato, atenda as necessidades do povo. Zarattini explicou que os R$ 250 proposto pela equipe de Bolsonaro não dá para nada. “O custo de vida aumentou e só uma pessoa na família pode receber. Nossa luta é para voltar os R$ 600, com condições de até duas pessoas na família receberem. Dessa forma o povo brasileiro pode ser atendido e pode fazer com que a economia se recupere mais rapidamente. Queremos vacina, queremos auxílio emergencial, queremos emprego. Essa é a luta do PT”, observou o deputado.

Pelas redes sociais, parlamentares da Bancada do PT se posicionaram contra o responsável por essa tragédia: Jair Bolsonaro.

Patrus Ananias (MG): “As consequências da pandemia agravaram a fome no Brasil. Os níveis de insegurança alimentar em 2020 superaram os registrados quando foi criado o Bolsa Família. Cerca de 59,4% da população brasileira pode ter enfrentado algum grau de insegurança alimentar”.

Maria do Rosário (RS): “Desde o início da crise, combatemos Bolsonaro e alertamos ao mundo o que estava em curso no Brasil: um crime contra a humanidade. Já passou da hora de um novo período começar a ser escrito, e de colocarmos um ponto final na crise. Este ponto, é o impeachment do genocida Bolsonaro”.

Professora Rosa Neide (MT): “A nossa prioridade máxima neste período de pandemia sempre foi e sempre será vacina no braço e comida no prato. 6 em cada 10 brasileiros estão com fome. Cerca de 125 milhões sofrem insegurança alimentar. A nossa luta continua firme em favor da vida”.

Odair Cunha (MG): “O Brasil passa por um de seus momentos mais difíceis: o país voltou ao mapa da fome, é governado por um presidente incapaz e desqualificado, e sofre com uma pandemia desenfreada. Queremos vacina no braço e comida no prato”.

Natália Bonavides (RN): “Quer dizer que o governo genocida tem dinheiro para pagar o aluguel do Centrão (quase R$ 20 bilhões), mas não tem para pagar um auxílio emergencial de R$ 600,00? Enchem o bolso dos aliados enquanto milhões passam fome. Não dá”.

Enio Verri (PR): “Hoje é dia de nos unirmos. Dia nacional de luta e conscientização contra a fome e por um auxílio emergencial de R$ 600, que dê dignidade a quem precisa. É dia de cobrarmos vacina para todas e todos e que ninguém tenha que sofrer com a fome”.

Benildes Rodrigues

 

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