Dia da Nakba Palestina é lembrado na Câmara; povo palestino continua vítima de barbárie e apartheid

Deputado Paulo Pimenta presidiu a sessão solene. Foto: Gabriel Paiva

Em sessão solene nesta quarta-feira (6), a Câmara dos deputados relembrou os 74 anos da catástrofe sofrida pelo povo palestino, conhecida como Dia da Nakba Palestina, ocorrida em 15 de maio de 1948. O nome Nakba, que em árabe significa catástrofe, refere-se à expulsão de habitantes e a destruição de vilas e cidades na instalação do Estado de Israel em terras palestinas.

Nas diferentes vozes que ecoaram no plenário da Câmara, o regime de apartheid e limpeza étnica imposta por Israel foi lembrada. Eles destacaram também a violação de Direito Internacional nesses últimos 74 anos por parte de Israel. Entretanto, a busca incessante pela paz e justiça para o povo palestino foi a tônica das falas de todos que participaram da sessão solene.

“Apesar de tudo, apesar de diáspora, de refúgio, de Nakba, nossas mãos estão estendidas para uma paz justa, uma paz duradoura, onde nossos filhos, tantos palestinos quanto israelenses podem conviver, viver em paz e harmonia”, disse Ibrahim Al Zeben, embaixador da Palestina no Brasil.

Ao falar em nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (RS) lembrou que, historicamente, o partido sempre teve um compromisso com a causa Palestina. “Quando tivemos oportunidade de governar o País com o presidente Lula e com a presidenta Dilma, exercemos nosso protagonismo de forma plena no cenário internacional, no sentido do reconhecimento de todos os direitos do povo palestino ter o seu território e poder oferecer ao seu povo uma vida plena de tranquilidade, segurança e paz”, enfatizou.

O parlamentar frisou ainda que a luta do povo palestino é uma luta que transcende as questões de natureza partidária. Segundo ele, a luta do povo palestino é a luta de todos aqueles que “acreditam numa sociedade que possa estar assentada a partir de direitos elementares, direito de um povo ter seu próprio território para o direito do povo viver em paz, tranquilidade e segurança, trabalhar estudar, cuidar de suas famílias e não aceitar de forma alguma uma situação como essa imposta ao povo palestino”.

Assista o discurso do deputado Paulo Pimenta:

Para Paulo Pimenta, não se pode calar diante da barbárie imposta ao povo da Palestina. “Oitocentos mil foram expulsos pela força, o mundo moderno assistiu um genocídio, um crime contra a humanidade, e nós não podemos silenciar, calar diante desse crime, porque calar e silenciar significa sermos cúmplices de uma política que hoje representa um verdadeiro apartheid”, sentenciou.

Grande tragédia

Ana prestes, representante do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), observou que a grande tragédia da humanidade imposta ao povo da Palestina já poderia ter sido solucionada. “Todos nós sabemos que em termos de relações internacionais, de sistema multilateral, de poder de uma série de países já poderia ter sido encontrado uma solução para o que passa hoje o povo da Palestina”, destacou.

“Então, a gente se soma a todos àqueles que fazem questão de a todo momento denunciar o sofrimento pelo qual passa o povo palestino e organizar essa denúncia, essa luta e todo o esforço que puder ser feito em termos diplomáticos, em termos de movimento, de parlamento para pedir paz, justiça para esse povo que atravessou toda a metade do século 20 – e já vamos para a terceira década do século 21 – e ainda não conseguimos como humanidade dar uma resposta para essa situação”, denunciou Prestes.

Deputado Enio Verri. Foto: Gabriel Paiva

Destruição de um povo

O deputado Enio Verri (PT-PR) conclamou as pessoas a refletirem sobre a situação vivida pela Palestina. “Precisamos refletir que não é só tirar a terra desse povo, mas aos poucos que ficaram, estão com total falta de liberdade. É horário para trabalhar, para produzir, como se locomover, até isso é limitado. Mas, principalmente, o apartheid que existe internamente, mas também os assassinatos que existem externamente. É um processo constante de destruição de um povo”, lamentou.

Deputada Erika Kokay. Foto: Gabriel Paiva

Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) reforçou a luta e a resistência desse povo tão sofrido. “Nós estamos aqui clamando por justiça ao povo palestino. Clamando por justiça a toda humanidade porque a luta do povo palestino não é uma luta que está ensimesmada. Nós estamos falando de uma resistência de 5 milhões ou talvez mais, de pessoas que estão no mundo inteiro com uma noção de nação sem terra, mas nação que mantém de forma muito viva a sua cultura, suas ideias de justiça e a sua resistência”, discursou.

Benildes Rodrigues

 

 

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