Depois de 5 anos da tragédia de Mariana, Vale obtém lucro cada vez maior, e vítimas estão abandonadas

Durante a sessão virtual da Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (3), o deputado Rogério Correia (PT-MG) denunciou o descaso com as famílias e com as cidades atingidas na tragédia criminosa do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). No próximo dia 5 (quinta-feira), o desastre ambiental – que deixou 19 mortos -, além de danos à natureza, completa 5 anos.

“O Distrito de Bento Rodrigues não foi reconstruído até hoje. As pessoas continuam morando de aluguel, pago pela Vale como indenização, mas aquele acidente destruiu famílias, lares e até hoje, repito, Bento Rodrigues não foi reconstruída”, apontou o parlamentar.

Foto: Gabriel Paiva/Arquivo

A Samarco é um consórcio controlado pelas empresas BHP Biliton, uma das maiores mineradoras do mundo, e a Vale. Segundo dados apresentados pelo deputado mineiro, no terceiro trimestre de 2020, a Vale obteve lucro de R$ 15 bilhões, mais do que o dobro do lucro que ela embolsou no mesmo período do ano passado, de R$ 6,5 bilhões. A empresa auferiu todo esse ganho mesmo depois de já ter ocorrido o rompimento, além de Mariana, em Brumadinho, que em janeiro de 2021, completa 2 anos.

“Não é possível que depois de tudo isso, depois de 5 anos, as pessoas continuem sem as suas casas, sem as suas moradias, e a Vale obtendo tanto lucro. Inclusive, a Vale, até hoje, está querendo fazer com o Governo de Minas Gerais outro acordo, em que ela pague apenas metade daquilo que a Justiça a obrigou a pagar. Essa é a Vale. Nós precisamos reagir e dar atenção a esses atingidos para que isso não volte a acontecer”, cobrou Correia.

O deputado mineiro também cobrou que o Senado vote o projeto do “Programa Nacional dos Atingidos por Barragens”, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, mas que continua parado no Senado. “Seria muito bom que o Senado pudesse fazer essa votação antes de se completar esse aniversário. Isso é muito difícil que seja feito. Mas fica aqui a cobrança”.

Pescadores e ribeirinhos

Rogério Correia também falou sobre as ameaças que a Vale faz aos pescadores e ribeirinhos que ainda dependem dos recursos da empresa. “Esta empresa, vira e mexe, potencializa retirá-los, ameaça retirar os direitos daquelas pessoas que foram atingidas pelo rompimento da barragem do Fundão. Então, a situação é dramática ainda”.

Para ele, a Vale não se responsabilizou, de fato, pelo acontecido. “O Rio Doce ainda está muito prejudicado tanto na pesca quanto em outras atividades, lembrando que ele foi atingido em toda a sua extensão, desde o início, onde a lama adentrou, até o mar. As pessoas, os ribeirinhos, os familiares continuam atingidos até hoje”.

Relembre o caso

A tragédia de Mariana ocorreu em 5 de novembro de 2015, subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais, após o rompimento de uma barragem da Samarco. Uma barragem de rejeitos de mineração denominada “Fundão” se rompeu provocando o vazamento dos rejeitos que passaram por cima de Santarém.

A tragédia causou destruição de comunidades, devastação do meio ambiente e poluição em dezenas de municípios mineiro e capixabas da Bacia do Rio Doce. O rompimento é considerado o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos.

Lorena Vale com agências

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil-Arquivo

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