CPMI do Golpe: Aliados de Bolsonaro são convocados e precisam se explicar sobre os atos terroristas

Terroristas bolsonaristas promoveram quebradeira e vandalismo em 8 de janeiro em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Deputado Rogério Correia e senador Rogério Carvalho. Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe de 8 de janeiro aprovou, na sessão desta terça-feira (13), mais de 200 requerimentos para investigar os responsáveis pelo terrorismo e destruição nas sedes dos Três Poderes. Foram convocados, entre outros, o ex-secretário de segurança pública do DF e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro Anderson Torres; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Bolsonaro Braga Netto; e do ex-ministro-chefe do GSI na gestão Bolsonaro Augusto Heleno.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) defendeu que todo o processo, desde o segundo turno das eleições de 2022 – que culminou no vandalismo contra as sedes dos Três Poderes – seja investigado. “Há uma relevância muito grande em investigar o processo do que aconteceu, que culminou no 8 de janeiro, e não a data em si. E o que houve foi um processo de tentativa de golpe”.

Deputado Rubens Pereira Jr. Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

O deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) pediu que as investigações tenham foco e que todos os responsáveis paguem pelo que fizeram. “O que nós queremos é investigar com foco e sem anistia”.

Mensagens golpistas

Mauro Cid deve ser um dos primeiros a ser ouvido pela comissão. Ele foi preso pela Polícia Federal apontado como um dos responsáveis pelo esquema de fraude em cartões de vacinação da sua família e de pessoas próximas a Bolsonaro. Após a prisão, foram encontrados no celular de Cid uma minuta e mensagens propondo um golpe contra a democracia brasileira.

Rogério Correia acha de extrema importância que o braço direito de Bolsonaro explique os diálogos encontrados em seu celular propondo o golpe. “Óbvio que nós temos que ver o que aconteceu no inquérito do cartão de vacinação para pegarmos – talvez seja isso que os bolsonaristas não querem – os diálogos do Mauro Cid falando abertamente em golpe de Estado, inclusive de utilização da Garantia da Lei e da Ordem, com uma minuta de Garantia da Lei e da Ordem e documentos, o que traz Mauro Cid e Bolsonaro para o centro da CPMI”, afirmou o parlamentar.

Requerimentos

Além dos convites para oitivas, os parlamentares apresentaram uma série de pedidos de documentos à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), informações à CPI dos Atos Antidemocráticos que ocorre na Câmara Legislativa do Distrito Federal e sobre investigações em andamentos em órgãos como Supremo Tribunal Federal (STF), Ministério Público, Tribunal de Contas da União e órgãos policiais.

Boa parte dos requerimentos eram idênticos. Só o convite para ouvir o ex-ministro da Justiça Anderson Torres – que foi aprovado – foi objeto de 18 solicitações, entre eles dos senadores Fabiano Contarato (ES), líder do PT no Senado, e Rogério Carvalho (PT-SE).

Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, quando a turba bolsonarista invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, em Brasília, com flagrante anuência das forças policiais do DF, responsáveis pela segurança dos prédios.

Além disso, ele também será ouvido por fatos relativos à eleição de 2022: ele é investigado por ter acionado a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atrapalhar a presença de eleitores de Lula nos locais de votação no segundo turno.

Também participaram da reunião a deputada Adriana Accorsi (PT-GO) e Carlos Veras (PT-PE).

Deputada Adriana Accorsi. Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

Deputado Carlos Veras. Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lorena Vale com PT no Senado

 

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