A compra de 35 mil unidades de Viagra autorizada pelas Forças Armadas do Brasil – revela mais uma “falcatrua” praticada pelo governo Bolsonaro -, avaliaram os deputados Helder Salomão (PT-ES) e Leo de Brito (PT-AC), que discursaram na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (11). O medicamento, segundo informações veiculadas em O Globo, é utilizado no tratamento de disfunção erétil. Além do Viagra, a FAB também autorizou a aquisição de Minoxidil e Finasterida, medicamentos usados no combate à calvície.
“Vamos pensar nas prioridades do governo: depois de gastar milhões comprando leite condensado, filé mignon, salmão, picanha, vinho, cerveja, agora as Forças Armadas estão autorizando a comprar esses comprimidos para disfunção erétil. Esse governo é o governo da corrupção, da falcatrua e da mamata”, denunciou Helder Salomão.
Para Salomão, o governo Bolsonaro está afundando o País. O parlamentar lembrou que o presidente da República não se preocupa em criar emprego, em combater fome que aflige milhares de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, “mas é um governo que no MEC, por exemplo, está sendo denunciado porque tem influência de líderes religiosos para favorecer aliados políticos”.
“Isso é o uso da máquina pública em favor de interesses de pessoas, de líderes políticos e religiosos, contra a nossa Constituição”, criticou Helder Salomão.
Governo aloprado
Na avaliação de Leo de Brito, a cada dia o povo brasileiro é surpreendido pelos absurdos produzidos pelo governo Bolsonaro. “Pasmem! Não foi só Viagra. As Forças Armadas do Brasil estão comprando remédio para calvície. Eu queria fazer uma pergunta, inclusive, aos deputados da base do governo que estão aqui: qual o interesse público na compra desse tipo de coisa pelo governo Bolsonaro? É um governo aloprado. Diz que não tem corrupção, mas tem muita coisa errada”, ironizou.
Escândalos
O parlamentar acriano citou os diversos escândalos que ocorrem na gestão Bolsonaro. Segundo o deputado, só nas Forças Armadas já havia o escândalo acerca da compra de picanha, salmão e de filé mignon, com mais de 1 milhão de quilos dessas iguarias. A compra, segundo a matéria, aconteceu entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022, na gestão do ex-ministro da Defesa Braga Netto.
Leo de Brito citou ainda, o recente escândalo envolvendo o Ministério da Educação (MEC), o escândalo das barras de ouro dos pastores e das bíblias, entre outros.
“Então, este governo precisa ser investigado. Não adianta dizer que não há corrupção. O que tem acontecido é que a corrupção tem sido jogada para debaixo do tapete. Por isso, nós da Oposição vamos agir com muita firmeza nessa situação”, assegurou Leo de Brito.
Benildes Rodrigues