Comissão de Educação debate educação em direitos humanos e indígenas

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou na quarta-feira (14), palestra sobre educação em direitos humanos e direitos indígenas: terras, memórias, lutas e formação de identidades. O evento de iniciativa da deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) contou com a exposição de dois convidados, o procurador da República do Estado do Rio de Janeiro e autor do livro “Direitos Territoriais Indígenas: uma interpretação intercultural”, Júlio José Araújo, e o jornalista e autor do livro “Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura”, Rubens Valente.

Para Rosa Neide, que também é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Educação e em Respeito ao Profissional da Educação, as contribuições oferecidas pelos palestrantes são fundamentais para entender o contexto histórico de lutas e violações que envolvem os povos indígenas no passado e no presente. “É preciso vigiar e enfrentar os comentários e ações públicas que afrontam os povos originários, incluindo autoridades públicas que se manifestam de forma racista e ofensiva aos povos indígenas do Brasil, hoje”, alertou.

O jornalista Rubens Valente lembrou que na ditadura muitos homens e mulheres lutaram pelas primeiras identificações das terras indígenas. “Ironicamente, na ditadura, os militares reconheceram pela primeira vez o direito dos povos indígenas aos locais de moradia e vida. Não eram ONGs internacionais envolvidas, mas sim, brasileiros, que mesmo dentro do sistema, resistiram a uma política desumana e conseguiram plantar a semente do que seria futuramente as terras indígenas demarcadas após a Constituição”, ressaltou.

Rubens também alertou a importância do empoderamento dos funcionários das instituições que têm contato direto com os povos indígenas. “Não podemos permitir que os povos originários fiquem à mercê de um poder central que determina o que vai acontecer sem ao menos entender e conhecer a realidade que os indígenas vivenciam diariamente”, explicou.

Segundo o procurador Julio José Araujo, há um projeto que coloca claramente um programa inconstitucional para os povos indígenas e reaviva a lógica autoritária do período da ditadura. “Vivemos um cenário avassalador de retóricas e programas inconstitucionais. Se não há meios e mecanismos que viabilizem e concretizem os direitos dos povos indígenas, isso revela a omissão inconstitucional e uma proteção deficiente dos direitos indígenas”, criticou.

Escalada autoritária

Integrantes do protesto das mulheres indígenas foram espionados na portaria do Supremo Tribunal Federal (STF) por policial militar, nessa quarta-feira (14), no mesmo dia em que foi realizado o debate sobre a situação de violação dos direitos dos povos indígenas. A recomendação foi feita pelo Gabinete de Segurança Institucional e assinada por Sérgio Moro. “Não podemos aceitar mais uma sanha autoritária do desgoverno. O caso é grave, o Ministério da Justiça filmou de forma clandestina lideranças indígenas. Nós exigimos explicações”, cobrou.

Assessoria de Comunicação

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100