Foto: Gustavo Bezerra
A coordenadora da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento as DST/HIV/AIDS, deputada Erika Kokay (PT-DF), afirmou nesta quinta-feira (5) que entre as principais bandeiras do colegiado está a luta contra a discriminação e a ampliação das políticas públicas de prevenção, tratamento e o aumento de financiamento a essas ações. A afirmação ocorreu durante o relançamento do colegiado, que contou com a presença de parlamentares de vários partidos e de representantes de entidades e movimentos sociais.
“Temos que lutar pelos direitos das minorias e não nos vergarmos aos interesses de uma maioria conservadora que existe neste Congresso e que tenta influenciar na aplicação de políticas públicas de enfrentamento as DST/AIDS”, alertou Kokay. Ainda de acordo com a parlamentar, a resistência desses setores às campanhas publicitárias e à adoção de políticas tem prejudicado o combate à AIDS.
“Verificamos que o número de mortes por AIDS no País estagnou. E não estamos conseguindo reduzir esse número, em grande parte, por conta do preconceito e da discriminação que trava a adoção de políticas mais fortes junto ao todo da população e, especificamente, nos segmentos mais vulneráveis”, destacou Kokay.
Na avaliação da coordenadora geral da Frente, apenas com a mobilização da sociedade civil e de movimentos organizados de enfrentamento à AIDS “a luta para reduzir as mortes e ampliar a assistência aos infectados poderá avançar”.
Fazem parte da coordenação da Frente Parlamentar os deputados petistas Chico D’Angelo (RJ), Odorico (CE) e Paulo Teixeira (SP). A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) também integra o comando do colegiado.
ONU- Ao elogiar a retomada dos trabalhos da Frente, a representante do Programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Jorgiana Braga, concordou que o principal desafio a ser enfrentado é o combate à discriminação e ao preconceito. “O vírus não vê partido, governo, religião ou classe social. Por isso temos que lutar contra leis discriminatórias que afetem as pessoas infectadas, e o desenvolvimento e a aplicação de programas e ações de prevenção a AIDS”, afirmou.
Nesse sentido a representante da UNAIDS/Brasil destacou a importância da campanha Zero Discriminação. Lançada pela entidade, em 2014, a iniciativa tem como meta combater qualquer estigma que impeça o direito a uma vida plena, digna e produtiva.
Estiveram presentes ao relançamento da Frente representantes de ONGS de diversos estados, de Conselhos de Saúde, da Rede Nacional das Pessoas com AIDS, e do departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde.
Os deputados Adelmo Leão (MG) e Jorge Solla (BA) também participaram do encontro.
Héber Carvalho