A Câmara aprovou nesta terça-feira (15) a medida provisória (MP 1030/21), que destina crédito extraordinário de R$ 450 milhões para socorro a municípios atingidos por chuvas no início deste ano. A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que a Bancada do PT era favorável à matéria porque ela destina um crédito importante para as calamidades. “Esse é um crédito importante, mas é preciso destacar que essa medida provisória foi editada em fevereiro e o governo gastou só cerca de 12%. Ou seja, o crédito ali está, mas não se traduziu em uma ajuda efetiva para as vítimas de tantas calamidades que o Brasil está vivenciando”, denunciou.
Erika reforçou a importância de assegurar, inclusive, um apoio a obras estruturantes, porque as pessoas que têm as suas casas destruídas precisam ter segurança na moradia. “É preciso que se invista. E nós temos, nesse governo Bolsonaro, um dos menores níveis de investimento público da nossa história”, lamentou.
O deputado Vicentinho (PT-SP) também defendeu a medida e explicou que ela tem como objetivo aprovar fundos para cobrir as emergências diante de dificuldades provocadas pelas chuvas. “Então, é lógico e coerente que a nossa bancada se posicione favorável. Mas, o auxílio emergencial de R$ 600 poderia ter sido colocado nesse projeto. Afinal de contas, a calamidade atinge os seres humanos. Falta comida, falta emprego. E eu não vejo nesta Casa aprovação de projetos para cuidar da gravidade que vivem os seres humanos desempregados neste País”, lamentou.
Recursos
Pelo texto aprovado, que ainda precisa ser apreciado pelo Senado, os recursos serão destinados ao Ministério do Desenvolvimento Regional e devem ser usados em ações de defesa civil e assistência a desabrigados e vítimas de enchentes. Os recursos virão do Tesouro Nacional, oriundos da receita da União com concessões e permissões.
Segundo o Executivo, no começo de 2021 ocorreu um recorde histórico de desastres naturais, principalmente em razão de chuvas intensas em número 4,5 vezes maior que a média dos anos anteriores.
Vânia Rodrigues