Câmara pode reconhecer biólogo e ativista capixaba como herói nacional

Foto: Leonardo Merçon - Instituto Últimos Refúgios

O biólogo capixaba e ativista em defesa do meio ambiente Paulo César Vinha, assassinado há 30 anos por causa de sua luta pela preservação do Parque Estadual de Setiba, em Guarapari, das matas de restinga, contra a extração ilegal de areia e contra o desmatamento, pode ter sua luta reconhecida e se tornar herói nacional.

Nesta semana, o deputado federal Helder Salomão (PT-ES) protocolou o projeto de lei (PL 1978/23), que inscreve o nome de Paulo Vinha no livro de Heróis e Heroínas da Pátria, por entender que “é preciso reconhecer a importância da luta do biólogo capixaba em defesa do meio ambiente, dos indígenas e dos quilombolas”.

A inscrição nesse livro é o reconhecimento simbólico de todas e todos que deram alguma contribuição para a história do Brasil. O livro encontra-se depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, e os nomes dos homenageados estão gravados em páginas de aço.

Há na lista 64 nomes de heróis e heroínas de várias épocas e por conta de diversas lutas. O único nome com história no Espírito Santo é o de São José de Anchieta.

“São 30 anos sem Paulo Vinha e esse título é uma homenagem à sua memória, à sua vida brutalmente ceifada. Apesar de simples, a inscrição de seu nome contribui para que a sociedade e o poder público revisitem a sua história constantemente, tal como ocorreu com outros nomes esquecidos e que, resgatados em homenagens como esta, hoje são reverenciados e servem de inspiração para a continuidade de suas lutas”, declarou o deputado.

Paulo Vinha tem importância equiparada a de Chico Mendes, que também foi assassinado por causa da sua resistência contra a exploração predatória. A luta do biólogo capixaba era pela proteção da Mata Atlântica e, principalmente, pela preservação das matas de restinga, por sua importância e fragilidade.

Seus assassinos retiravam ilegalmente areia do Parque da Setiba e Paulo Vinha denunciava e lutava contra a continuidade dessa atividade ilegal e lesiva ao meio ambiente. No dia de sua morte o pesquisador estava no parque, que hoje leva o seu nome, coletando imagens da flora para um estudo quando seus assassinos, por acharem que estavam sendo fotografados, o emboscaram e o executaram.

Com a inscrição do nome de Paulo Vinha no livro o Brasil conhecerá melhor a sua história e o povo capixaba terá o reconhecimento de um verdadeiro herói que teve sua vida interrompida lutando pelo meio ambiente e pelo povo do Espírito Santo.

 

Assessoria de Comunicação do deputado Helder Salomão

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