Carreatas e protestos realizados neste sábado (23) em 87 cidades, incluindo 24 capitais e o Distrito Federal, mostraram a insatisfação do povo com o governo genocida de Jair Bolsonaro. Além de protestar contra o negacionismo do presidente, a falta de insumos e vacinas para a imunização da população brasileira, os manifestantes também defenderam o retorno do auxílio emergencial, criticaram a política econômica do governo e defenderam a abertura do processo de impeachment de Bolsonaro. Mais de 60 pedidos já foram protocolados no Congresso Nacional e aguardam para entrar na pauta.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), e a deputada Erika Kokay (PT-DF) participaram da carreata em Brasília. Elas convocaram a população a manter as cobranças pela saída do presidente Bolsonaro em manifestações, panelaços e pressão nas redes sociais. “Para aqueles que dizem que colocar o impeachment agora é gerar instabilidade no Brasil, nós temos que responder que a instabilidade já está acontecendo e a crise está grave. E a instabilidade tem nome: Jair Bolsonaro”, afirmou Gleisi.
Na avaliação da presidenta do PT, a única saída para a imediata vacinação da população contra o coronavírus e para a retomada de uma economia saudável é o impeachment de Bolsonaro. “Para conseguir vacina para todos, o fortalecimento do SUS e renda e trabalho não será com esse presidente. Um presidente que é genocida, que aposta na morte, que desde o início da pandemia tomou ações, teve atitudes e falas prejudicando a população e demonstrando que o que ele queria mesmo era disseminar o vírus, dizendo que com isso salvaria a economia. Não salvou a economia, matou milhares de pessoas e infectou milhões de pessoas. Esse homem não pode continuar. Ele é a crise. Com ele nós não sairemos dessa crise, não conseguiremos resolver os problemas do Brasil. Por isso a luta pelo impeachment é tão importante”, defendeu Gleisi.
A deputada Erika Kokay pediu Fora Bolsonaro em nome da vida e da democracia. “Estamos aqui para dizer em uníssono e em alto e bom som fora Bolsonaro, para exigir um basta ao governo genocida que ameaça a vida, os empregos e o serviço público”, bradou a deputada, lamentando o número de morte por falta de ação do governo no combate à pandemia. Ela defendeu a vacinação de toda a população brasileira e a volta do auxílio emergencial. “O País precisa respirar, precisa de direitos e de respeito à vida. Vamos arrancar a faixa presidencial do peito estufado do arbítrio e da própria morte, vamos devolver o Brasil para os brasileiros”, prometeu.
O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), participou dos protestos em Fortaleza, além de retransmitir em suas redes a maioria das manifestações ocorridas em todo o Brasil. “Os atos refletem a insatisfação do povo brasileiro com o (des)governo Bolsonaro. A voz das ruas pede o impeachment do presidente. O País vai se unificando pelo fim do governo Bolsonaro”, afirmou.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) participou das manifestações na capital fluminense e defendeu a união de todas as forças democráticas pelo impeachment de Bolsonaro. “É importante que todas as forças democráticas comecem a se unir para conter esse projeto de destruição do Brasil e dos brasileiros. Vamos juntos à luta, minha gente!”, convocou. Ela afirmou que é preciso destituir Bolsonaro para que o genocídio acabe. “Não podemos mais ter alguém que faça tudo contra o povo. O País está devastado por culpa deste genocida”, acusou.
Protesto também nas redes sociais
Nas ruas e nas redes sociais, o sábado foi de protesto em defesa da vacinação para todos os brasileiros e em favor do impedimento do presidente Bolsonaro. O líder do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR), destacou que o impeachment de Bolsonaro foi pedido em carreatas realizadas em várias capitais e diversas outras cidades brasileiras. “O Brasil precisa respirar e o presidente é aquele que faltará com o oxigênio e com a vacina. O Brasil é muito maior que Bolsonaro e vai mostrar isso a ele”, afirmou.
Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que Bolsonaro não deu certo como militar, não deu certo como parlamentar e não tinha como dar certo como presidente da República. “O dia hoje foi histórico: é o início da grande mobilização do Fora Bolsonaro”. Ele enfatizou que o impeachment vai salvar vidas e disse que não se pode fechar os olhos para o que o presidente está fazendo com Brasil, citando que milhares de brasileiros já perderam a vida na pandemia.
O deputado Rubens Otoni (PT-GO) destacou em suas redes sociais as manifestações que aconteceram em todo o País, pedindo o afastamento do presidente Bolsonaro. “A novidade é que até setores que o apoiaram na eleição já se colocam favoráveis ao impeachment”, afirmou o deputado, acrescentando: “A casa está caindo…”. E o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) reforçou: “O clima fechou para Bolsonaro”, referindo ao tamanho dos protestos realizados em todo o Brasil.
O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) citou que a carreata pelo impeachment do genocida Jair Bolsonaro em Brasília foi enorme. “Pode ser o começo do fim do governo miliciano!”, avaliou.
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) enfatizou que “como bem sabe quem perdeu um parente asfixiado, devido à falta de oxigênio; quem está precisando do auxílio emergencial; quem está desempregado e quem acompanha o desdém de Bolsonaro com o povo brasileiro: é chegada a hora de salvar vidas e Reconstruir o Brasil”.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) lembrou que, infelizmente, o Brasil o ultrapassa o número de 215 mil mortes por Coronavírus. “Nossa solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. Vamos seguir lutando pela imunização de toda população para vencer essa doença”. E o deputado Afonso Florence (PT-BA) completou: “Além da vacina, sabe o que mais salvaria vidas? Um processo rápido de impeachment”.
“Fomos às ruas hoje em todo o país, em carreatas #ForaBolsonaro, e ampliaremos nossa presença nas ruas, chamando o povo brasileiro para expressar sua rejeição a essa política genocida. Vamos às lutar pela nossa vida, pela democracia e pelos direitos sociais do povo brasileiro!”, afirmou o deputado Jorge Solla (PT-BA).
E o deputado Bohn Gass (PT-RS) destacou que as carreatas #ForaBolsonaro se espalharam pelo Brasil. “Algumas, gigantes. Acorda, Brasil! Precisamos nos livrar desse falso moralista, corrupto, incapaz e mentiroso”, defendeu.
O deputado Helder Salomão (PT-ES) ao defender o impedimento de Bolsonaro afirmou que o Brasil não merece um presidente negacionista. E o deputado Merlong Solano (PT-PI) reforçou: “Enquanto a Argentina se prepara para fornecer a vacina de Oxford a vários países, brasileiros morrem sem oxigênio em hospitais. Nem mesmo seringas e agulhas o governo Bolsonaro conseguiu comprar. Morte e incompetência de mãos dadas sob aplauso do capitão, por isso, impeachment Já”, defendeu.
As deputadas Natália Bonavides (PT-RN) e a Professora Rosa Neide (PT-MT) e os deputados Airton Faleiro (PT-PA), Beto Faro (PT-PA), Carlos Veras (PT-PE), Marcon (PT-RS), Nilton Tatto (PT-SP), Paulão (PT-AL), Paulo Teixeira (PT-SP), Pedro Uczai (PT-SC), Rogério Correia (PT-MG), Vander Loubet (PT-MS) e Waldernor Pereira (PT-BA) também manifestaram em defesa da vacina, do auxilio emergencial e do impeachment de Bolsonaro.
Insatisfação com o governo Bolsonaro
Pelas buzinas, faixas e cartazes, nos carros de som, a mensagem clara foi a de que somente sem Bolsonaro no comando do Brasil, o País poderá sobreviver aos próximos tempos. E as pesquisas divulgadas nesta sexta-feira (22) pelo Datafolha confirmam o aumento do número de insatisfeitos com Bolsonaro: 40% da população avalia sua atuação como ruim ou péssima, comparado com 32% que assim o consideravam na edição anterior da sondagem, no começo de dezembro.
O número de participantes que avaliam o governo como ótimo ou bom teve queda também, passando para 31% ante 37% em dezembro. A taxa de avaliação regular ficou em 26%, comparada com 29% anteriormente.
O Brasil passa por uma crise sem precedentes como o atraso no processo de vacinação, mais de 14 milhões de desempregados, fechamento de fábricas no país, crises na saúde, como o caso de Manaus, onde ainda a falta de oxigênio poderia ter sido evitada.
Veja algumas cidades onde foram realizados protestos
Os atos foram organizados em diferentes horários para este sábado. E em várias cidades como em São Paulo, Vitória (ES), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS) os protestos ainda estão acontecendo.
Em Brasília, mais de mil veículos saíram às 10h da Torre de TV rumo à Esplanada dos Ministérios, na Alameda das Bandeiras. De lá seguiram para a Asa Norte e, posteriormente para a Asa Sul. Além da CUT-DF, sindicatos e movimentos sociais, participaram da carreata contou com a presença de parlamentares federais e distritais.
Em Aracaju (SE) além da carreata, ciclistas também se juntaram à manifestação pedindo respeito à vida.
Em Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, ABC e Osasco, no estado de São Paulo, manifestações também foram realizadas.
Em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre (RS), dirigentes sindicais dos metalúrgicos, professores (Ceprol e Cpers), Saúde e Sintergs, junto com a diretora da CUT-RS, Andreia Nunes, participaram da carreata na manhã deste sábado (23). Vacina já para todos e todas!, Manutenção do auxílio emergencial!, e Fora Bolsonaro! foram as palavras de ordem.
Em Recife (PE), com mais de 10 km de extensão, a carreata tomou a Praia de Boa Viagem. mais de 1.500 carros e 400 bicicletas participaram da mobilziação.
Em Salvador (BA), a carreata teve mais de 2km de extensão. As imagens mostram a mobilização da CUT, movimento sindical e movimentos sociais em Água dos Meninos (Cidade Baixa). No vídeo, Edenice Santana, do Coletivo de Entidades Negras (Conen) e Celi Taffarel – Profesora da UFBA e diretora da CUT BAHIA.
Em Cuiabá (MT), também foram realizados atos pela CUT e movimentos sociais.
Em Campo Grande (MS), a manifestção comelçou às 10h no Bairro do Natal.
Em Londrina (PR), mais de 200 carros participaram da carreata pelo impeachment de Bolsonaro.
Em Goiânia, onde a manifestação foi antecipada para a sexta-feira (22), uma bela imagem foi registrada por drones.
Em Porto Velho (RO), um grande número de veículos pediu a saída de Bolsonaro.
Em Belém (PA), também houve manifestação pelas ruas da cidade.
Em Aracaju (SE) além da carreata, ciclistas também se juntaram à manifestação pedindo respeito à vida.
Vânia Rodrigues, com site da CUT