Bolsonaro transforma Brasil em pária internacional e passa vexame na reunião do G-20, denunciam petistas

Imagem: PT Nacional

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara apontaram neste domingo (31) a total incompetência e despreparo do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro para representar o Brasil no cenário internacional. Ele não conseguiu sequer um mínimo diálogo com os demais chefes de Estado que participam, em Roma, Itália, do encontro  do G-20, que reúne líderes das 20 maiores economias do mundo.  As declarações dos petistas, feitas em redes sociais, citam vídeo divulgado pelo jornalista Jamil Chade, no UOL, no qual mostra Bolsonaro totalmente deslocado na antessala da reunião do G-20.

No vídeo, imagens mostram que enquanto líderes mundiais conversam em rodinhas, Bolsonaro se encontra sozinho com um assessor e somente parece mais à vontade quando se dirige a uma mesa onde começa a conversar, por meio de um tradutor, com os garçons. Na imagem é possível ouvir que Bolsonaro puxa assunto sobre suas origens italianas e sobre futebol, recebendo também pouca atenção.

O líder da Bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass (RS), lamentou que em um momento de crise mundial o Brasil tenha um presidente tão despreparado que não consiga dialogar com outros chefes de Estado.  “Isolamento total de Bolsonaro no G-20. Foi gentil com os garçons, falou de futebol. Legal. Mas, convenhamos, diante de líderes das maiores economias, com uma crise planetária acontecendo, o Brasil não tem nada a dizer, aprender, negociar?”, indagou o deputado.

O deputado José Guimarães (PT-CE) apontou que o descrédito de Jair Bolsonaro também está ligado ao desempenho da economia brasileira. Ele postou notícia apontando que o FMI projetou que o Brasil terá o pior desempenho entre as economias do G-20 em 2022.  “Projeção do FMI evidencia a falta de credibilidade com que Bolsonaro e Guedes chegaram a Roma nesta sexta-feira para a reunião do bloco de países”.

Um presidente patético

Ao  postar o vídeo em seu perfil no Twitter, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) destacou igualmente a incapacidade de articulação internacional do ex-capitão  e classificou o relato da participação de Bolsonaro no G-20 como “patético”. “A capacidade do Bolsonaro de fazer o Brasil passar vergonha é inesgotável. Agora, no G-20, mais alguns capítulos patéticos desta triste história!”, escreveu.

Segundo o colunista do UOL, após ter a presença de Bolsonaro ignorada pelos demais chefes de Estado,  assessores do mandatário brasileiro conseguiram para ele  um encontro nos corredores com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, acusado de desmontar a democracia naquele País. Durante a breve conversa, o presidente brasileiro proferiu algumas mentiras. Ele disse, por exemplo, que sua popularidade no Brasil é alta e que a economia do País está crescendo.

Ao comentar a “saia justa” enfrentada por Bolsonaro, o deputado Airton Faleiro (PT-PA) disse que “com Bolsonaro, Brasil se torna pária mundial”. “No G-20, líderes mundiais evitam Bolsonaro e o Brasil perde muito com isso. Lástima!”, afirmou.

Já o deputado Helder Salomão (PT-ES) classificou a situação como um “vexame mundial”. “Bolsonaro vai ao encontro do G-20, mas é isolado pelos líderes mundiais e tem agenda esvaziada. Quem ia querer conversar com um negacionista ignorante?”, ressaltou.

Turismo na Europa

Por sua vez, a deputada Erika Kokay (PT-DF) escreveu que “Bolsonaro não foi para o G-20, foi fazer turismo na Europa com dinheiro público”. “Qual agenda relevante o inepto teve na Itália? Nenhuma!”, disse. Ela pontuou ainda que “hoje o Brasil é motivo de desprezo internacional”. “Só vamos recuperar a credibilidade e o respeito quando derrotarmos Bolsonaro e o bolsonarismo!”, observou.

Já o deputado Enio Verri (PT-PR) postou foto de Bolsonaro conversando isoladamente com o ministro Paulo Guedes nos bastidores do G-20. “Um presidente que rebaixou o Brasil ao isolamento na reunião de cúpula do G-20. Bolsonaro teve que se contentar em conversar com Guedes, que mente tanto quanto ele”, observou.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que o fato demonstra que “na reunião do G-20, ninguém quer o Bolsonaro por perto”.

Já o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) apontou  que o isolamento de Bolsonaro no G-20 “é a comprovação do fracasso do governo federal em conquistar respeito internacional. Nem o povo brasileiro e nem o mundo aguentam mais o genocida”.

Descrédito

Sobre a falta de credibilidade internacional de Bolsonaro, o deputado Rubens Otoni (PT-GO) postou uma charge publicada no jornal italiano La Repubblica, que mostrou Bolsonaro fazendo embaixadinhas com uma caveira e vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol. O desenho faz referência a acusações feitas pela CPI da Covid, que apontaram a irresponsabilidade do presidente brasileiro na condução do combate a pandemia no País.

Ao chegar a Roma para a reunião do G-20, Jair Bolsonaro foi chamado de “genocida”, “fascista” e “vergonha do País”, durante um passeio pelas ruas da cidade.

Presidente genocida

Já o deputado Nilto Tatto (PT-SP) lembrou que “Bolsonaro foi vaiado e chamado de “genocida” nas ruas de Roma” e que viu o Vaticano “apenas de fora”, uma vez que não foi recebido pelo Papa Francisco, diferentemente de outros chefes de Estado.

O parlamentar recordou que, ao contrário de Bolsonaro, “em fevereiro de 2020, Lula, viajou a Roma a convite do Pontífice, e mesmo não sendo chefe de Estado foi recebido pelo Papa Francisco que disse: “Estou contente de te ver caminhando pela rua”, relembrou Tatto.

Sem clima com os demais chefes de Estado do mundo, Bolsonaro saiu neste domingo pelas portas do fundo da embaixada brasileira e não compareceu ao evento em que foi tirada foto oficial dos líderes mundiais que participaram do G-20, em frente à famosa Fontana de Trevi, em Roma. Jair Bolsonaro também não compareceu à primeira reunião do G-20, com a presença do príncipe Charles. Segundo o colunista do UOL, a cadeira do Brasil foi ocupada pelo chanceler Carlos França.

Na cidade de Anguillara Veneta, onde Bolsonaro deve ser homenageado pela prefeita local de extrema-direita nesta segunda-feira (1), manifestantes ambientalistas italianos picharam a sede da prefeitura com a frase “Fora, Bolsonaro”.

A Diocese de Pádua, localizada na cidade, também reagiu negativamente à visita de Bolsonaro. Os religiosos da região decidiram que não receberão o presidente brasileiro na basílica de Santo Antônio. Por sua vez, o prefeito de Pádua também avisou que não se encontrará com Bolsonaro. O mandatário local alegou que já está com a agenda lotada para esta segunda-feira.

 

Héber Carvalho com agências

 

 

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