O Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Enio Verri (PR) qualificou de “farsa” a proposta veiculada na imprensa, nesta quarta-feira (19), sobre a prorrogação do auxílio emergencial em mais uma parcela de R$ 600 e as demais no valor de R$ 300. Ao rebater essa pretensão do governo, Verri lembrou que a bancada petista defendeu e apresentou proposta de prorrogar o benefício de R$ 600 até dezembro. O auxílio termina agora, em agosto.
“Esse debate sobre prorrogar o auxílio emergencial para mais um mês de R$ 600 e depois terminar com ele ou reduzir o valor para R$ 200 ou R$ 300 por mês, é uma farsa. Quando nós – Câmara dos Deputados e o Senado -, aprovamos o ‘orçamento de guerra’, foi exatamente porque era pra deixar o Executivo sem nenhuma preocupação com limites da Lei da Responsabilidade Fiscal, ou mesmo com limites constitucionais”, rebateu Enio Verri.
A instituição da Renda Cidadã de R$ 600 (Lei 13.982) ocorreu para garantir mais proteção à parcela da sociedade mais carente ou mais vulnerável que sofre de forma elevada, os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Vida em primeiro lugar
“Por que nós do PT defendemos que os R$ 600 sejam pagos no mínimo até dezembro? Porque a pandemia continua em alta, não estamos no platô no Brasil, não há nenhum sinal de queda da pandemia, a economia está em frangalhos, as pessoas não podem voltar a trabalhar e, portanto, os R$ 600 precisam ser mantidos”, reafirmou o líder petista.
Enio Verri lembrou que ao criar o auxílio emergencial, o Congresso Nacional se preocupou em estabelecer, que o presidente da República pode prorrogar o auxílio até o fim do estado de calamidade pública, decretado pelo Congresso, ou seja, até o dia 31 de dezembro de 2020.
“Eu espero que Bolsonaro cumpra seu papel e prorrogue os R$ 600 até o final do ano. Não é hora de se preocupar com equilíbrio fiscal, é hora de se preocupar com a vida da população brasileira”, ponderou o líder da Bancada do PT.
Benildes Rodrigues