Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria dos brasileiros, denunciam petistas

Parlamentares da Bancada do PT ocuparam a tribuna da Câmara, nesta terça-feira (4), para mais uma vez denunciar a reforma criminosa do governo Bolsonaro que vai acabar com a aposentadoria da maioria dos brasileiros. “Isto que estão chamando de Reforma da Previdência, na verdade, não é reforma nenhuma. Você reforma para melhorar uma política, para melhorar uma casa, para melhorar um ambiente. Isto é uma proposta de ajuste fiscal, é uma proposta de corte de despesa e é uma proposta de criar um grande mercado futuro para o setor financeiro”, denunciou o deputado Jorge Solla (PT-BA).

“O presidente Bozo e sua quadrilha querem destruir a Previdência do povo brasileiro, querem destruir a Previdência mentindo e roubando”, afirmou. Solla destacou que quem falou das malversações que estão acontecendo na tentativa de aprovar a Reforma da Previdência foi o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Jorge Solla lembrou que na quarta-feira passada, o ministro Weintraub se reuniu com reitores dos institutos federais e de universidades do Mato Grosso e com a bancada do estado do Mato Grosso e revelou que os deputados vão receber R$ 10 milhões por semestre, durante 2 anos, e os senadores vão receber R$ 15 milhões por semestre, durante 2 anos, para votarem a fim de destruir a Previdência do povo brasileiro. “Quem falou isso foi o ministro da Educação, e nós temos provas disso! E ainda pediu que o dinheiro do suborno que o governo Bolsonaro e sua quadrilha vai pagar aos deputados para destruírem a Previdência seja colocado nas universidades do Mato Grosso! É o cúmulo do absurdo”, protestou.

Cordel contra a Reforma da Previdência

O protesto da deputada Natália Bonavides (PT-RN) contra a Reforma da Previdência veio em forma de cordel. “Lá no meu Nordeste, é muito especial a literatura de cordel. Então, eu trouxe um folheto de cordel que está fazendo muito sucesso lá no Rio Grande do Norte”, explicou a deputada, pedindo que o cordel “Diga Não à Reforma da Previdência”, dos cordelistas Abaeté do Cordel e Marciano Medeiros fosse incluído nos Anais da Câmara.

“Nosso povo está sofrendo, luta por sobrevivência. Quer saúde e educação, projetos de competência. Por isso, rejeita a Reforma da Previdência. Eles querem destruir nossa aposentadoria, do pobre trabalhador, que batalha todo dia, muitas horas no batente, ganhando uma ninharia”, diz uma das estrofes do cordel, lido pela deputada Bonavides.

Ela recita ainda que quem quiser se aposentar com benefício total, “que pague 40 anos para receber integral”. E lamenta que a “coisa que vai ser pior para o trabalhador rural”. Destaca que vai reduzir o benefício daquele idoso carente, de quase R$ 1 mil para R$ 400 somente. “O governo dos riquinhos quer maltratar muita gente. Outra meta apresentada pelos grandes traidores. Não caiam no papo mole desse grupo de impostores, que busca cortar salários, diminuindo os valores”.

O cordel diz ainda que o projeto é desumano, “vai matar o cidadão”. “Eles pretendem fazer, na reforma, ingratidão, privatizando os salários em capitalização”. Enfatiza ainda que as mulheres brasileiras ficarão prejudicadas. “Vão aumentar as idades para as nossas aposentadas, que trabalham em casa e fora, em duas fortes jornadas”.

Protestos nas ruas

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), ao criticar a reforma, citou o sucesso das manifestações ocorridas no última quinta-feira (30), quando estudantes e sindicalistas estiveram nas ruas em 190 cidades dos 26 estados do Brasil e no Distrito Federal. “Mais de 2 milhões de pessoas estiveram na defesa da educação pública e contra esse desmonte do Estado e contra a Reforma da Previdência que Bolsonaro está impondo à população. O que nós vimos ali foi o povo brasileiro, trabalhadores e trabalhadoras dizendo não aos cortes que estão trazendo mais desemprego para a Nação, dizendo não à Reforma da Previdência, que tiram direitos dos trabalhadores”.

Também protestaram contra a Reforma da Previdência e destacaram a importância das manifestações em favor da educação pública os deputados Marcon (PT-RS), Pedro Uczai (PT-SC), Valmir Assunção (PT-BA) e João Daniel (PT-SE).

Vânia Rodrigues

 

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