Bolsonaro propõe flexibilizar segurança do trabalho; petistas e entidades denunciam proposta

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos promoveu nesta quinta-feira (12), a pedido da deputada Erika Kokay (PT-DF), audiência pública para debater os riscos de flexibilização das Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde do Trabalhador, pretendida pelo governo Jair Bolsonaro. Ao abrir os debates, a parlamentar leu um manifesto em defesa das NRs assinadas por entidades representativas de auditores, fiscais do trabalho, procuradores, pesquisadores, centrais sindicais, entre outros.

“Trata-se de uma resposta à iniciativa do governo Bolsonaro de precarizar as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde do Trabalho. Segundo pesquisas, somente entre 2012 a 2018, morreram 16 mil trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho. No Brasil, ocorre um acidente de trabalho a cada 49 segundos e morre um trabalhador a cada intervalo superior a três horas”, diz o texto lido pela deputada.

Ainda, segundo o texto, o governo federal anuncia a intenção de reduzir em 90% as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho – NRs. Nessa visão equivocada, haveria “custos absurdos em função de uma normatização absolutamente bizantina, anacrônica e hostil”.

O manifesto revela a preocupação das entidades com a pretensa “revisão” e “modernização” que o governo Bolsonaro quer promover. “Nenhuma economia sustentável pode ter um dos pilares do seu crescimento baseado na morte e adoecimento de parcela significativa de sua força de trabalho. Economias fortes e sustentáveis como União Europeia, Estados Unidos, Japão, Austrália e outros países possuem uma legislação relevante em SST e garantias ao seu corpo de fiscais para executar a fiscalização”, argumentam.

Precarização do trabalho

As entidades apontam também no manifesto que “a precarização do trabalho, iniciada com a chamada Reforma Trabalhista e a terceirização da atividade-fim, dão sinais preocupantes de seu aprofundamento”. Para elas, o governo, em sua estratégia, “pretende-se a redução das Normas de meio ambiente do trabalho, o que constitui uma inadmissível banalização da vida humana, reduzida a um mero fator de administração dos meios produtivos”.

Ao justificar a realização do debate, a deputada Erika Kokay lembra que Brasil é quarto país no ranking de acidentes de trabalho. Para ela, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia ao anunciar a revisão das NRs age “na contramão da prevenção a esses acidentes” e, segundo ela, “soa como grande retrocesso às leis de proteção social e já desperta preocupações em parlamentares, especialistas, autoridades trabalhistas e entidades sindicais”.

Benildes Rodrigues

Foto – Gustavo Bezerra

Veja a íntegra da audiência:

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex