“O governo não sabe operar o auxílio emergencial esta é a verdade”, critica a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR). “Desde o início, sobra reclamação: problemas em aplicativos, pedidos negados a quem preenche os requisitos, demora na análise, auxílio pago a quem não tem direito. Cadê o dinheiro?”, questiona.
O presidente Jair Bolsonaro continua a ignorar o sofrimento do povo, vítima da omissão criminosa no enfrentamento da pandemia, que já fez mais de 60 mil vítimas no País, e também do descaso quanto à crescente desigualdade no país. Oitenta dias depois de ser anunciado pelo governo, o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a garantir renda aos trabalhadores informais, autônomos e inscritos no Bolsa Família, continua sendo negado a 5% da população brasileira, vulnerável diante do Covid-19.
Nada menos que 10 milhões de pessoas ainda não tiveram resposta ao pedido de benefício, justamente quando está esgotando o prazo para o pagamento. “O governo não sabe operar o auxílio emergencial esta é a verdade”, critica a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). “Desde o início, sobra reclamação: problemas em aplicativos, pedidos negados a quem preenche os requisitos, demora na análise, auxílio pago a quem não tem direito”.
A denúncia de que 10 milhões de brasileiros ainda aguardam resposta do governo foi feita pela Rede Brasileira de Renda Básica, que critica a falta de transparência dos números oficiais. O governo afirma que para receber benefício, é preciso “atender a requisitos da lei”, mas o fato é que não há controle e inúmeras fraudes estão sendo apontadas pela mídia nas últimas semanas. O governo anunciou a prorrogação do auxílio de R$ 600 por mais dois meses, mas ainda há 8 milhões de pessoas na fila que aguardam. Outros 2 milhões de brasileiros esperam a reanálise dos pedidos pelo Ministério da Cidadania.
“Precisamos garantir o auxílio emergencial até dezembro, no mínimo. Mais duas parcelas não serão suficientes”, avalia a parlamentar. Ela diz que o PT está disposto a bancar a briga para assegurar que o auxílio de R$ 600 seja estendido no mínimo até o final de 2020. “O governo também precisa dar celeridade à análise dos cadastros pendentes. Dez milhões estão na fila e não receberam nenhuma parcela. Onde está o dinheiro?”, cobrou.
Prazo acabou
A deputada Erika Kokay (PT-DF) lembra que, nesta quinta-feira, acabou o prazo para o cadastro no auxílio emergencial. “Os pedidos que estão ‘em análise’ são símbolo do descaso do governo genocida de Bolsonaro com os mais pobres”, criticou. Enquanto até ricos estão recebendo o auxílio, como descobriu o Tribunal de Contas da União, milhares de chefes de família estão sem qualquer resposta oficial do governo.
A Bancada do PT, que lutou pelo pagamento dos R$ 600 desde o início, tendo em vista que o governo Bolsonaro queria pagar apenas uma parcela de R$ 200 quando o projeto foi encaminhado ao Congresso, diz que o governo ignora os pedidos de maneira infame. Isso porque os trabalhadores que tiveram o auxílio emergencial negado pelo governo só podem contestar a resposta uma única vez. Se o governo mantiver a negativa após a contestação, essas pessoas ficam impedidas de fazer uma nova solicitação e perdem qualquer possibilidade de conseguir as parcelas de R$ 600.
PT Nacional
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