Bolsonaro estimula fake news e ameaça privacidade dos cidadãos com nova MP, denuncia Natália Bonavides

A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) manifestou preocupação com a Medida Provisória do governo Bolsonaro (MP 954) que determina às empresas de telecomunicações o fornecimento de nomes, números de telefones e endereços de seus clientes para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Ela denunciou que a MP é uma ameaça à segurança dos dados de cada cidadão brasileiro, sobretudo diante da possibilidade de números de telefone de toda a população cair nas mãos de disseminadores de notícias falsas.

Integrante da CPMI das Fake News no Congresso, a parlamentar registrou que é preciso cautela ao analisar a MP. “Uma entidade cuja presidência é nomeada por Bolsonaro terá o WhatsApp de cada cidadã e cidadão do Brasil”, num momento “em que o gabinete do ódio, que funciona na Presidência, está a toda, espalhando todo tipo de mentira sobre o coronavírus e sobre autoridades públicas”, alertou Natália Bonavides.

Governo canalha

Segundo a MP, publicada na última sexta-feira (17), os dados seriam utilizados pelo órgão para a “produção de estatística oficial”. Mas Natália destacou que a suposta “garantia” do sigilo das informações que consta no texto da MP, de que apenas o IBGE teria acesso aos dados, não garante segurança na atual conjuntura. “Faria sentido se satisfazer com essa informação se não estivéssemos sob um governo antiético, absurdo e canalha”, disse.

Bolsonaro, nos últimos anos, junto com os três filhos que estão na política e aliados, se especializou no uso do Whatsapp e redes sociais para disseminar mentiras e fake news. Graças a isso, fraudou a campanha eleitoral de 2018 e se elegeu presidente.

Criminosos e fake news

Segundo Natália Bonavides, é compreensível que órgãos oficiais busquem informações precisas para embasar estatísticas em momento de crise como o atual. Porém, ela explicou que “uma intervenção tão grande na privacidade das pessoas precisa estar muito mais amarrada e no mínimo com previsão de mecanismos fortes que coíbam a má utilização desses dados”.

“Do contrário, o que poderemos ganhar com essas informações preciosas no combate à doença vai poder se anular com a desinformação que esses criminosos são capazes de massificar, inclusive as mentiras sobre o contágio, como estão fazendo neste momento. Fake news podem matar!”, denunciou.

Héber Carvalho

 

 

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