O deputado Bohn Gass (PT-RS) participou, nessa segunda-feira (13), de debate virtual sobre a importância da aprovação do projeto de lei (PL 735/20) que dispõe sobre ações emergenciais para a agricultura familiar durante a pandemia da Covid-19.
“Esse projeto foi construído e dialogado com todas as entidades. Nós fizemos inúmeras reuniões para a elaboração dessa proposta, e é fundamental que possamos levá-lo a votação”, defendeu Bonh Gass. Ele explicou que o projeto precisa passar pela apreciação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e depois precisa ser sancionado. “E implementado com urgência,” completou.
Na avaliação do deputado, o governo está dificultando todas as questões da implementação das propostas aprovadas pelo Congresso para ajudar no combate ao coronavírus. “O governo não tem interesse em colocar recursos, então, isso é uma outra peleia para que isso chegue efetivamente na ponta”, lamentou. Ele reforçou que esses recursos para políticas públicas em tempos de pandemia precisam chegar de forma emergencial. “Não adianta dizer que essa verba, para a época da pandemia, é normal como outro credito. Não, esse recurso tem que ser emergencial. Temas emergenciais se tratam com políticas e programas emergenciais”, enfatizou.
“Todo o nosso esforço tem que ser voltado para a aprovação do PL 735, na Câmara e Senado, sancionado e não vetado, e depois implementado. Esta é a melhor ajuda que nós poderemos fazer para uma pandemia, onde Bolsonaro está estimulando a morte de pessoas e a recuperação tardia da economia”, denunciou o parlamentar. E ressaltou: “Nós queremos vida com recuperação rápida da economia. Se as cidades estão destruídas, os campos as reerguerão. Se os campos estão destruídos as cidades se arruinarão juntas, ou seja, essa é a importância da agricultura. Vamos investir na agricultura que vai ser a melhor alternativa para sairmos inclusive das consequências nefastas dessa pandemia”, afirmou.
Quanto custa?
“Quanto custa colocar o dinheiro para ajudar os agricultores familiares? Para estimular a produção de alimento, renegociar uma dívida, fazer uma assistência técnica, colocar recurso para os quilombolas, enfim, para os projetos que estão colocados? Não é quanto custa fazer, é quanto custa não fazer”, ensinou Bohn Gass.
Para ele, esse é o debate, porque o capitalismo continua tirando as pessoas do campo e levando para a cidade no momento em que o desemprego só aumenta. “Isso tem um custo social, tem um custo econômico, custo político, isso tem um custo de destruição do meio ambiente e das relações humanas”, alertou e acrescentou: “Colocar recurso na agricultura é exatamente impedir que haja mais concentração de pessoas indo para a cidade com desemprego. Este modelo é nefasto, é destruidor”.
“Nós estamos colocando o quanto custa não fazer. Por isso nós achamos que o recurso deve ser colocado para o PL 735 é de alto investimento, é de futuro, é de sonho, é de inclusão social, é de produção de sustentabilidade, é valorizar o meio ambiente e as águas”, completou.
Sociedade na Luta
Bohn Gass destacou a importância da sociedade conhecer o PL 735 e ajudar na defesa do agricultor. “É importante que a gente possa ter uma sociedade defendendo esse agricultor na produção de comida, e comida sem veneno. O mundo, hoje, está envergonhado até os empresários brasileiros quando vão vender para o exterior ouvem: ‘Vem do Brasil? Não compro mais do Brasil, porque estão só colocando veneno e queimando a Amazônia’. Então veja bem, a importância desse tema, da comida limpa, da preservação que está junto obviamente com esse tema”.
Assista:
Lorena Vale