Atentado à democracia: Congresso Nacional precisa reagir, cobram petistas

Mais uma vez o presidente da República, Jair Bolsonaro, afronta o País ao defender, em praça pública neste domingo (19), a volta da ditadura e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro violou também as recomendações da Organização Mundial da Saúde em relação ao isolamento social para combate ao Covid-19. Parlamentares da Bancada do PT na Câmara reagiram com veemência nas redes sociais, hoje (20), contra mais esse atentado à democracia e à vida. Eles cobram uma reação mais contundente do Congresso Nacional diante de flagrante desrespeito à ordem institucional.

“O que assistimos nesses atos com a presença de Bolsonaro é o maior atentado contra a democracia brasileira. O que vimos é a quebra do decoro e crime de responsabilidade cometido pelo presidente. Crime contra a vida e contra a ordem democrática em nosso País, praticado pelo presidente da República. O Congresso tem que reagir, pois ele é uma das instituições da República democrática brasileira”, cobrou o líder da Oposição na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) acredita que, por estar cada vez mais “isolado e na contramão da realidade”, Bolsonaro mexe com o que é mais importante à sociedade brasileira: “a vida, a democracia e o respeito ao outro”.

Na avaliação do deputado Airton Faleiro (PT-PA), nada é assustador em Jair Bolsonaro. O petista disse que o presidente de hoje é o mesmo capitão de ontem que tentou explodir a adutora do Guandu e planejou detonar bombas em quartéis. “Nunca se consertou. Quem o comprou sabia disso. Em toda sua vida pública Bolsonaro sempre se mostrou o mesmo”, criticou o deputado se referendo as intenções terroristas para explodir bombas em quartéis e outros locais estratégicos no Rio de Janeiro, em 1980.

“Bolsonaro tenta, da mesma forma que atentou em 1980, quebrar a hierarquia das Forças Armadas e sublevar seus instintos terroristas contra a democracia. Na época, uma breve prisão e o afastamento foram à saída dada pelo Exército. Hoje alguma coisa urgente deve ser feita”, defendeu Faleiro, em sua conta no Twitter.

A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) chamou a atenção para as violações cometidas por Bolsonaro neste domingo (19).  “As liberdades civis e políticas foram ameaçadas. Lutamos muitos anos para consolidar o Estado Democrático e não podemos permitir estes ensaios de ditadura. Bolsonaro ultrapassou os limites. Democratas, uni-vos contra os golpistas dos direitos”, escreveu a deputada em sua conta no Twitter.

N opinião do deputado Pedro Uczai (PT-SC), Bolsonaro escancara o arbítrio ao dizer que não pode negociar nada. “Ao se posicionar dessa forma, o presidente retoma a escalada autoritária e desafia instituições democráticas ao liderar manifestação pró-intervenção militar”, criticou.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), deputado Helder Salomão (PT-ES) lembrou que todos os brasileiros que se elegem para um cargo público, juram defender e respeitar a Constituição ao tomar posse. “Ao discursar de manifestação contra a democracia e a favor do regime militar, Bolsonaro desrespeita a Carta Magna. Precisamos reagir”, defendeu o parlamentar.

Também pela sua conta no Twitter, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) manifestou: “Ele de novo! Bolsonaro se reúne com apoiadores em ato pró-AI5. Um verdadeiro ato contra a democracia e a vida”.

 

Benildes Rodrigues

 

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