Ação do PT quer manifestação rápida da PGR sobre suspensão das investigações de Queiroz

A senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), protocolaram nesta sexta-feira (18), uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo que haja uma manifestação imediata acerca dos fatos noticiados pela imprensa no dia 17 de janeiro, os quais se referem à suspensão, determinada pelo STF, das investigações sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. No documento, os petistas solicitam ainda que seja fortalecido o trabalho do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, para concluir a investigação, com atuação de órgãos federais, como a Receita Federal.

Os parlamentares denunciam à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, possíveis atos ilícitos e criminais em movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), envolvendo Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), eleito senador pelo Rio de Janeiro. Segundo os autores da representação, “o tema requer uma ação imediata dessa Procuradoria-Geral da República, com manifestação acerca do mérito da decisão do ministro plantonista, de forma célere, como tem feito em situações congêneres, e também para resguardar e dar efetividade à investigação em curso”.

A senadora e o líder do PT esperam – além de manifestação célere da PGR – que a Procuradoria analise a possibilidade de instituir uma força-tarefa para fortalecer a investigação, reforçando a efetiva participação da Receita Federal e do Coaf.

Foro privilegiado – Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta destacam que o MP-RJ determinou a instauração de investigação criminal, que envolveria, segundo o Relatório de Informação Financeira do COAF, a prática, por parlamentares estaduais daquele estado, “de supostos ilícitos relacionados ao exercício dos respectivos mandatos.” Pimenta e Gleisi afirmam que o MP-RJ ainda não estava investigando o senador eleitor Flávio Bolsonaro, mas sim, o seu ex-assessor Queiroz. Portanto, causou “estranhamento” no mundo jurídico e político o fato de Flávio Bolsonaro – que ainda não foi empossado senador – recorrer à prerrogativa do foro privilegiado, próprio desse cargo, para suspender as investigações que recaem sobre Queiroz.

Na peça remetida à PGR, Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta reforçam que no dia 3 de maio de 2018 o STF alterou as regras para aplicação do foro privilegiado. Por 7 votos a 4, os ministros do Supremo determinaram que deputados federais e senadores só têm o direito previsto quando os crimes são cometidos no exercício do mandato e em função do cargo em que ocupam. Crimes comuns realizados antes de os parlamentares assumirem seus cargos ou sem nenhuma ligação com os mesmos serão julgados por tribunais de primeira instância.

A senadora e o líder petista dizem que “diante do que se consolidou na Corte, parece óbvio que o senador eleito Flávio Bolsonaro está tentando se valer de prerrogativas constitucionais, e da força do governo recém-eleito, para ‘blindar’ seu ex-funcionário e a si mesmo de qualquer investigação. Manobra que, caso levada a efeito, prejudica todo o trabalho realizado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e impossibilita que a verdade dos fatos apareça”, detalham os petistas.

Veja a íntegra do documento:

 Representação PGR 18-01-19

Carlos Leite

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex