Ação do presidente do PL contra resultado das eleições é golpismo, denuncia Reginaldo Lopes

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Líder Reginaldo Lopes. Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), criticou hoje (22) a iniciativa golpista do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de contestar as urnas utilizadas no segundo turno das eleições presidenciais. O parlamentar ressaltou que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é inquestionável” e qualquer iniciativa contrária ao resultado eleitoral não passa de “golpismo e choro de perdedor”.

Conforme o líder do PT, “golpismo é crime” e a ação de Valdemar protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é descabida, sem qualquer base na realidade. Ele lembrou que a própria reação do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, mostra que o político do PL agiu de forma absurda. “Como invalidar urnas usadas no segundo turno se foram usadas do mesmo jeito no primeiro turno, com o PL elegendo a maior bancada na Câmara dos Deputados?”, indagou Lopes.

Alexandre de Moraes, após a entrega oficial da representação à Justiça Eleitoral, na qual o PL  pede a anulação dos votos de 279.336 urnas utilizadas na votação do segundo turno, nesta terça-feira (22), determinou que o partido de Valdemar Costa Neto entregue em 24 horas também o número de urnas que deveriam ter os votos anulados no primeiro turno, já que os aparelhos foram os mesmos usados no segundo turno.

Ação golpista

De acordo com Moraes, “se as urnas a serem anuladas também no primeiro turno” não foram apontadas até quarta-feira (23), a petição apresentada pelo partido de Bolsonaro “será indeferida”, ou seja, recusada.

Reginaldo Lopes ponderou que é tão esdrúxula a ação do PL que se o partido questionar a lisura da primeira etapa da eleição, os votos de Bolsonaro e de todos os parlamentares e governadores da sigla estarão sob suspeita. Significa que eventualmente poderiam perder seus mandatos. O PL fez dois governadores e tem a maior bancada da Câmara, com 99 deputados federais, além de eleger oito senadores para os 27 assentos disponíveis no pleito deste ano.

Para Reginaldo, a ação do PL não vai dar em nada, e não passa de uma tentativa de golpe do grupo de Bolsonaro, que ainda não reconheceu formalmente a derrota para Lula, além de dar munição para bolsonaristas radicais acampados nas frentes de quartéis em alguns lugares do País.  Segundo o parlamentar, trata-se de “uma peça de ficção” e o destino da petição de Valdemar será o arquivamento, por parte do TSE. “No fundo, além do golpismo, a iniciativa de Bolsonaro e de Valdemar revela que ambos são maus perdedores”

 

Redação PT na Câmara, com agências

 

 

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