O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia, no dia 17 de agosto, pelo Nordeste, as caravanas por todas as regiões do País.
O intuito das caravanas, que fazem parte do projeto Lula Pelo Brasil, é conhecer a fundo a realidade brasileira, principalmente após as grandes transformações pelas quais o País passou nos governos do PT, que agora estão sendo desmontadas pelo governo golpista nos últimos dois anos.
E se é para falar dos legados do Partido dos Trabalhadores em todo País, nada melhor do que começar pelo Nordeste, região historicamente negligenciada por governos anteriores e que vivenciou tantos benefícios nas eras Lula e Dilma. Por isso, o ex-presidente Lula passará 18 dias na região. Ele irá de Salvador (BA) até São Luís do Maranhão e encontrará milhares de pessoas pelo caminho.
O legado do PT na região, é importante frisar, vai muito além do Bolsa Família. A combinação de políticas sociais inclusivas e grandes obras de infraestrutura implementadas na região criou condições para um novo salto no desenvolvimento do Nordeste.
Esse desenvolvimento se deu na economia, na educação, na saúde, na atração de investimentos, na inclusão social e na consequente mudança da pirâmide de renda.
Entre 2003 e 2013, o Nordeste teve índice de crescimento de 4,1% ao ano, enquanto o País ficou na marca de 3,3%, de acordo com o Banco Central. Só no ano de 2012, por exemplo, a economia local cresceu o triplo da brasileira.
Em 2014, a região passou a ser a segunda maior em consumo, atrás apenas do Sudeste, e corresponde a 13,8% da economia nacional.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), entre 2001 e 2012, o nordestino teve o maior ganho de renda entre todas as regiões, o que fez com a participação da base da pirâmide social caísse 66% para 45%.
Tudo isso fez com que a classe média deixasse de representar apenas 28% da população nordestina em 2002, para ser 45% em 2012.
As ações dos governos petistas para a região também geraram empregos. Em 2002, apenas cinco milhões de nordestinos tinham emprego formal. Já em 2013, esse número passou para quase nove milhões.
Inclusão social – Mas é na área social que o crescimento do Nordeste mais se comprova. Em 2002, quando o presidente Lula foi eleito, mais de 21,4 milhões de nordestinos viviam em situação de pobreza. Em 2012, esse número caiu para 9,6 milhões, segundo estudo da Fundação Perseu Abramo, com base em dados do IBGE.
Outro dado que corrobora com isso é a pesquisa divulgada no Fórum Brasil Regional, em junho deste 2015, que mostra que o Nordeste responde por 61% na redução da pobreza no País entre 2003 e 2013.
Com Lula e Dilma, programa Bolsa Família chegou a ter mais de 35 milhões de pessoas e sete milhões de famílias beneficiadas no Nordeste
Região historicamente esquecida pelo poder público, o Nordeste chegou a ter 66% da população vivendo abaixo da linha de pobreza, antes dos governos do PT. Por isso, não se pode negar a importância do programa Bolsa Família para a região, que chegou a ter mais de 35 milhões de pessoas e 7 milhões de famílias beneficiadas pelo maior programa de transferência de renda do mundo.
E ao contrário do que muitos insistem em afirmar, o Bolsa Família não é mero assistencialismo. Nos tempos de Lula e Dilma, antes dos cortes do governo golpista no programa, o Bolsa Família provocava um efeito multiplicador de R$ 2,40 sobre o consumo final das famílias, beneficiando setores como comércio e serviços, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Além disso, o levantamento mostrava que cada R$1,00 investido no programa gera um retorno de R$ 1,78 para a economia.
Nos governos petistas, as taxas de mortalidade infantil caíram e as de alfabetização, aumentaram. Ao refletir a melhora do índice registrado em todo o Brasil, o Nordeste teve a maior redução no número de crianças mortas na primeira infância, de 58,6%, em 10 anos, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Educação – A educação também não ficou de fora dessa revolução no Nordeste. Em 2000, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Nordeste tinha 413.709 universitários. Em 2012, esse número saltou para 1.434.825.
O número de cursos de doutorado e mestrado também cresceu 33% entre 2010 e 2012 no Nordeste.
Com isso, a região ultrapassou o Sul e passou a segunda com maior número de estudantes do ensino superior – 20% do total –, atrás apenas do Sudeste. Sete das 18 universidades criadas nas gestões petistas estão no Nordeste. E cada uma mantém unidades em mais de um município, beneficiando 28 cidades.
Combate à Seca – Apenas quando o Partido dos Trabalhadores chegou à Presidência da República que ações concretas para afastar o fantasma da seca no Nordeste foram realmente levadas a cabo.
Com a Transposição do Rio São Francisco, Lula e Dilma levaram água ao semiárido nordestino, impactando diretamente a vida de 12 milhões pessoas.
Obra planejada, mas nunca executada, desde a época do Brasil Império, prometida até pelos governos dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, foi somente no governo Lula que a gigantesca obra, pensada para reduzir os problemas gerados pela seca no sertão, saiu do papel.
A transposição foi iniciada e levada até 86,3% de conclusão pelas gestões petistas no governo federal. Uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos governos petistas e maior empreendimento hídrico brasileiro, a integração do São Francisco vai garantir abastecimento em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Vale lembrar que, para combater a seca no Nordeste, os governos do PT não fizeram apenas a transposição. Instalaram 1,2 milhão de cisternas para consumo humano, pelo o Programa Água para Todos, garantindo água a 22 milhões de sertanejos.
E para acabar com a exclusão elétrica no Brasil e levar acesso à eletricidade de forma gratuita, o governo Lula criou o programa Luz para Todos. Apenas no Nordeste, o programa já tinha atendido, até 2015, mais de 1,5 milhão de famílias, beneficiando cerca de 7,5 milhões de pessoas.
Da Redação da Agência PT de Notícias