As dificuldades de inserção profissional para a comunidade negra e LGBT foi tema de discussões na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) nesta terça-feira (22). A deputada Erika Kokay (PT-DF), mediadora do evento e defensora dos direitos humanos, afirmou que a discriminação e as dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho, principalmente com demissões ou não contratações de LGBTs e negros, precisam ser denunciadas. “Quando isso acontecer, o ônus da prova tem de ser do empregador que muitas vezes comete assédio contra os trabalhadores (as) que não têm como provar, por falta de testemunha, por exemplo”.
O debate, proposto pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) contou com a participação de especialistas e convidados que destacaram, além das dificuldades de acesso ao trabalho, a necessidade de novas práticas para proporcionar uma melhor condição para negros e a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
Para o advogado Régis Vascon – representante da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT) é preciso denunciar a discriminação sempre. Já Ângela Guimarães, presidente da Nacional da União de Negros pela Igualdade (Unegro) lembrou a dificuldade de ingresso de negros no mercado de trabalho.
Ainda durante o debate, a professora Daniela Cardozo Mourão (trans), co-gestora do programa de prevenção à violência nos campi da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), lembrou que sua transformação em um meio acadêmico não foi tão difícil mas salienta os números de violência contra os trans no Brasil. Já Taya Carneiro, mestranda em comunicação, ativista transexual, mostrou sua pesquisa sobre empregabilidade de pessoas trans no DF, citando as dificuldades encontradas por dezenas de trans marginalizadas na Capital Federal .
José Mello