Zé Carlos e Luiz Couto elogiam liminar do Supremo que impede entrega de patrimônio público às teles

atena

Os deputados Zé Carlos (PT-MA) e Luiz Couto (PT-PB) avaliaram como positiva a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a pedido de senadores da oposição e determinou que o projeto de lei complementar 79/16, que altera a Lei Geral das Telecomunicações, retorne ao Senado para nova apreciação. Com isso, o presidente ilegítimo Temer não poderá sancionar o projeto, que transfere para as empresas telefônicas um patrimônio público de mais de R$ 100 bilhões.

De acordo com Zé Carlos, esse projeto foi “um grande presente de natal” que o governo Temer quis dar no ano passado para as empresas privadas. “Esse vultoso presente que soma mais de R$ 105 bilhões de patrimônio público veio para cá em um projeto de lei complementar que não passou por votação nos plenários da Câmara e do Senado, que foi trabalhado em um dia em comissões terminativas e mandado para a sanção presidencial. Mas, não para por aí. Além de repassar para as empresas patrimônio público, o governo Temer também quer com este projeto conceder anistia de mais R$ 35 bilhões, aproximadamente, de multas, devidas pelas empresas”, explicou.

Para o deputado Luiz Couto, este “presente” do governo Temer para as empresas de telecomunicações é uma afronta ao interesse público e à Constituição. “Os preceitos constitucionais já não parecem valer muita coisa frente aos absurdos que temos testemunhado nos últimos meses. Entre tantas afrontas ao interesse público, aprovou-se, no apagar das luzes de 2016 um projeto que transfere bilhões de reais em patrimônio público para a propriedade dessas empresas. Entre elas, a Oi, que acumula dívidas de 64 bilhões de reais e enfrenta um processo de recuperação judicial”, destacou.

Esse governo ilegítimo de Temer, acrescentou o deputado Zé Carlos, não preza pelo interesse dos trabalhadores. “E não preza porque pretende arrecadar — e precisa — mais. Mas ele quer arrecadar tirando direitos dos trabalhadores, como é o caso da proposta de reforma da Previdência. Na contramão disso, ele dá de graça mais de R$ 140 bilhões para a iniciativa privada, o que é um absurdo”, afirmou.

Entenda – O deputado Luiz Couto explicou o que está por trás deste “presente” que o governo ilegítimo de Temer quis dar às empresas privadas. “Em 1998, quando as telecomunicações foram privatizadas no Brasil, as empresas vencedoras dos leilões pagaram pelo direito de prestar o serviço de telefonia, mas não pagaram pelo patrimônio público que desde então elas passaram a gerir, os chamados bens reversíveis: são imóveis, cabos e diversos equipamentos de propriedade da União. O contrato vale até 2025 e prevê a devolução desses bens, que, já naquela época, valiam R$ 32 bilhões”, disse.

Agora, disse ainda Luiz Couto, “o governo Temer quer entregar todos esses bens para as empresas de telecomunicações, em troca de uma mera promessa de investimento em banda larga. Subitamente, o governo dos cortes e ajustes se torna dadivoso e oferece para empresas privadas um patrimônio público que o Tribunal de Contas da União estimou em mais de R$ 100 bilhões. Além disso, transforma o contrato de concessão em autorização, o que impede o controle sobre as tarifas cobradas do usuário e desaparece com a obrigatoriedade de universalização dos serviços”, ressaltou o petista.

Com a determinação do ministro do STF, o projeto só poderá ser enviado ao Executivo novamente após julgamento final do mandado de segurança impetrado pelos senadores da oposição ou após tramitação formal no Senado.

Gizele Benitz
Foto: Divulgação

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo