Salário-mínimo hoje seria de R$ 400 se PEC 241 estivesse valendo desde 1998, aponta FGV

charge temer criseO economista Bráulio Borges, pesquisador associado do Ibre/FGV (Departamento de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), fez uma simulação aplicando as regras da PEC 241 ao orçamento de 1998, quando começa a série histórica dos gastos do governo central, mantida pelo Tesouro Nacional. Entre outros dados, o cálculo apontou que o salário-mínimo hoje seria de R$ 400 em vez dos R$ 880 atuais.

Borges alerta, entretanto, que a conta não é perfeitamente exata. Se o gasto do governo tivesse sido muito menor, o resultado do PIB também poderia ser diferente. “Aí a gente entra numa discussão política complexa, de qual seria o tamanho ideal do Estado na economia”, ponderou.

De 1998 para cá, o salário-mínimo teve um crescimento real médio de 4,2% ao ano. “É muito provável que o salário-mínimo teria ficado congelado em termos reais, só recebendo a diferença da inflação”, estimou Borges.

Se por um lado a política de valorização do mínimo acima da inflação onerou as contas do Estado, por outro também ajudou a reduzir a desigualdade e a movimentar a atividade econômica, explica o pesquisador, apontando que metade da alta de 5,5 pontos porcentuais no gasto do governo central entre 1998 e 2015 – de 14% do PIB para 19,5% – é explicada pelo aumento do salário-mínimo.

Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG), a ideia de que as gestões petistas foram perdulárias no tocante aos gastos públicos não corresponde à realidade e faz parte da narrativa ideológica da direita para justificar o ataque aos direitos sociais no País.

“O conjunto de políticas sociais dos governos Lula e Dilma – das quais fazem parte a valorização do salário-mínimo, o Bolsa Família e tantas outras ações – tiveram um impacto muito grande na economia, na ampliação e no aquecimento do mercado interno, as pessoas passaram a comprar, tivemos uma enorme redução da pobreza extrema, acabamos com a fome endêmica e tiramos o Brasil do Mapa da Fome, impulsionamos o desenvolvimento regional. Tudo isso é fruto de um projeto político que agora está sendo atacado duramente”, ressaltou Patrus, que foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula e ministro do Desenvolvimento Agrário durante o governo Dilma Rousseff.

“O Ipea mostrou que a PEC 241 pode poderá fazer a saúde perder mais de 700 bilhões de reais e agora temos esse estudo que aponta a redução drástica do salário-mínimo se a PEC estivesse vigendo desde 1998. Por isso vamos lutar para barrar essa PEC que é profundamente perversa com a sociedade brasileira”, acrescentou o parlamentar mineiro.

Na última segunda-feira (10), o plenário da Câmara aprovou em primeiro turno, por 366 votos a 111 e duas abstenções, a PEC 241/16, que fixa um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, o que, na prática, vai congelar e até diminuir os orçamentos das áreas sociais. A votação da matéria em segundo turno está marcada para o dia 24 de outubro.

PT na Câmara com Estadão e UOL
Charge: Montanaro

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100