Zarattini garante fiscalizar fusão entre Ultragaz e Supergasbras  

Deputado Zarattini afirma que monopólio do gás pode elevar o preço do botijão e gerar desemprego. Foto: Divulgação Mandato

Deputado Carlos Zarattini. Foto: Gabriel Paiva

Os impactos do consórcio entre as empresas Supergasbras e Ultragaz, que atuam como engarrafadoras e distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP), foi tema de debate nesta terça-feira (30), na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, atendendo a um requerimento do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). A fusão vai garantir às empresas o domínio sobre 75% do mercado de botijão de gás. Segundo o parlamentar, isso vai significar aumento de preço e desemprego.

O parlamentar solicitou explicações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a formação do monopólio. “É um consórcio que vai aumentar a concentração no setor de distribuição de gás de cozinha. E o Cade não faz absolutamente nada. É um verdadeiro crime contra o consumidor. Lutamos tanto para baixar o preço do gás de cozinha para agora acabarem com a concorrência. É um absurdo e vamos lutar contra”.

Auxílio gás

Durante audiência pública, Zarattini, que presidiu o debate, lembrou que em 2021 foi aprovado na Câmara o auxílio gás, uma medida emergencial com o intuito de reduzir o preço do gás para famílias de baixa renda, diante do alto preço cobrado pelo produto. “Vamos acompanhar e estudar que possíveis medidas legislativas poderão ser tomadas para fazermos nosso papel fiscalizador e legislador. Não vamos ficar omissos com relação a essa situação que impacta a vida das pessoas”, afirmou.

Representantes da Supergasbras e Ultragaz negaram que o acordo prejudique o consumidor ou os trabalhadores. Outras empresas que atuam no mesmo setor também apresentaram suas considerações, além de distribuidores de gás de cozinha e trabalhadores da área.

Consórcio nefasto

O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo, Valter Adalberto, classificou o consórcio como nefasto. “Tenho conhecimento suficiente para saber o que vem por trás desse consórcio. As empresas estão se juntando e dizem que é para uma utilizar a estrutura operacional da outra, mas isso vai enfraquecer o número de trabalhadores”, reclamou.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado de São Paulo, Rodney de Carvalho Ribeiro, frisou que as revendedoras apenas repassam aos consumidores o valor que recebem das distribuidoras de gás. “São essas coisas que o Cade deveria prestar atenção. Nós queremos saber se o consumidor final será beneficiado com essa fusão e se serão enfraquecidas as outras companhias”, pontuou.

Zarattini solicitou ainda acesso às informações das manifestações dos conselheiros sobre a fusão das duas empresas.

 

Assessoria de Comunicação deputado Carlos Zarattini

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