Foto: Salu Parentes/PTNACÂMARA
O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), declarou à imprensa nesta quinta-feira (6) que o partido vai priorizar na Câmara as votações do Marco Civil da Internet (PL 2.126/11) e da proposta de emenda à Constituição (PEC 231/95) que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de trabalho. O líder também destacou a necessidade de se votar a regulamentação da PEC das Domésticas e concluir, em segundo turno, a votação da PEC que amplia a presença de defensores públicos em todo o País.
Sobre a redução da jornada, o líder acredita que o governo não será contrário, já que o setor público trabalha 40 horas. “No setor privado, grande parte já trabalha assim também”, disse. “A OIT (Organização Internacional do Trabalho) já tem uma convenção sobre isso. Já é consenso que qualquer jornada acima de 40 horas semanais provoca problemas de saúde”, explicou Vicentinho.
Dados de entidades ligadas aos trabalhadores indicam que a redução da jornada poderá criar até 2,5 milhões de novos empregos. O líder petista é o relator da matéria na Câmara.
PMDB – Ainda durante a conversa com os jornalistas, o líder falou sobre a relação do PMDB com o governo. Vicentinho defendeu o diálogo como forma de superar as divergências. “A relação está ruim, mas eu proponho que o governo continue conversando. Mas temos que ter cuidado para não esticar até quebrar”, disse Vicentinho sobre as críticas dirigidas ao governo Dilma pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).
O líder petista também ressaltou que “o PMDB não é apenas um partido da base, mas sim do governo”, e precisa se comportar como tal. “Nenhum partido da base do governo pode ter duas caras. Ser situação e oposição ao mesmo tempo. E ameaçar sair fora (da aliança) é tirar o ícone do partido, o Michel Temer? Não concordo”, destacou Vicentinho.
Diálogo– Como forma de melhorar o diálogo com os parlamentares da base, Vicentinho destacou que o governo já acertou a ida de ministros ao Congresso para ouvir as demandas dos parlamentares. “A predisposição do governo é trazer mais de uma dezena de ministros ao Congresso para ficar o dia inteiro a disposição dos deputados, ouvindo suas demandas, dialogando e construindo novos caminhos”, afirmou o petista.
Segundo ele, esse gesto inédito vai subverter a lógica que sempre imperou no parlamento. “Sempre os ministros vinham com objetivo de participar de audiências públicas e solenidades. Agora eles virão com o objetivo específico de atender os parlamentares”, comemorou.
Héber Carvalho