O Brasil precisa de um projeto social de desenvolvimento para superar a crise

Deputado Zé Neto. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal Zé Neto (PT-BA) presidiu a audiência pública realizada nessa quarta-feira (9) para debater “Recuperação e desenvolvimento econômico no contexto da pandemia”. “Esse debate é necessário porque o mundo está em transformação, com um novo modelo de estado em construção. No Brasil, estamos enfrentando hoje debates sobre privatização de empresas públicas estratégicas, na contramão do mundo. Temos a possibilidade de um apagão por causa da crise hídrica, que afeta as regiões sudeste e centro-oeste do País, tudo isso durante a pandemia, o que é muito preocupante”, pontuou Zé Neto.

Há grandes incertezas sobre a condução pelo governo federal das medidas sanitárias, econômicas e sociais direcionadas ao combate à pandemia e ao planejamento da recuperação da economia. Para o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, “o Brasil está retomando uma tendência de crescimento, superior à tendência pré-crise. Isso mostra o acerto das políticas econômicas, feitas em parceria com o Congresso Nacional. O abismo fiscal, que muitos esperavam, não aconteceu. A ideia de que se o governo gastar mais, a economia cresce, funciona em alguns cenários mas não no atual”, defendeu o secretário.

A professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Esther Dweck questionou o posicionamento do governo. Para ela, o aumento do gasto público é necessário para recuperar a economia. “O ajuste fiscal proposto pelo governo federal é uma política bastante equivocada no momento que estamos vivendo. Cortar gastos públicos, corta também o PIB, corta a arrecadação e acaba piorando o cenário fiscal, com tem sido discutido no resto do mundo. A situação fiscal é consequência e não causa da crise. Para se recuperar, o Brasil precisa de um projeto social de desenvolvimento”, observou a professora.

O professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Gala concordou com a professora Dweck. Segundo ele, a recuperação econômica é muito tímida e colocou o País no nível de antes da pandemia sem gerar empregos. “Estamos bastante longe da situação econômica pré-crise de 2015. O desemprego está praticamente em 15% e naquela época era em torno de 6%. Nosso quadro é dramático. Estamos longe de ter a economia em um nível satisfatório. A gente regrediu muito nos últimos anos. Investimento público e privado se complementam e os dois foram quase zerados”, concluiu.

Renato Fonseca, Superintendente de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), concordou com o secretário Adolfo Sachsida e afirmou que a recuperação econômica está sendo rápida mas destacou que o crescimento do PIB, na década de 2010 a 2020, foi muito ruim: 0,3 por cento ao ano, em média. “O PIB não cresce porque a indústria se retrai. A indústria tem o poder de puxar a economia do País porque tem várias cadeias e leva ao crescimento de outros setores. Cada R$ 1,00 investido na indústria resulta em R$ 2,67 no PIB, mas nos últimos 10 anos, a indústria encolheu 1,6%”, explicou Fonseca. “O Estado precisa agir. Não vamos conseguir sair sozinhos da crise. Por isso, a Reforma Administrativa é importante para reduzir o tamanho do Estado”, afirmou.

O presidente da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio/BA), Carlos Andrade, destacou as preocupações do comércio da Bahia. “Precisamos de acesso ao crédito. O Pronampe ajuda bastante mas chegam poucos recursos e com uma burocracia muito grande. Os bancos públicos precisam se reinventar. Precisamos também de um Refis federal e um estadual. Nos preocupa também que a Reforma Tributária aumente a carga tributária”, destacou Andrade.

Inércia do governo

Para o deputado federal Zé Neto, “a crise sanitária e socioeconômica está sendo agravada pela inércia do governo federal que não assume a coordenação do enfrentamento à pandemia. E o prolongamento da pandemia vai aprofundar a crise econômica Além de socorrer os cidadãos, o Estado brasileiro precisa editar pacotes fiscais e de crédito para apoiar as empresas, especialmente as micro e pequenas”, concluiu Zé Neto.

A audiência online foi realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados por iniciativa do deputado Zé Neto. Autoridades governamentais, dirigentes de associações representativas e pesquisadores acadêmicos participaram do debate.

Assessoria de Comunicação

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100