O presidente Jair Bolsonaro é responsável direto pelas 98.844 vítimas fatais do novo coronavírus no Brasil, registradas na sexta-feira (07). São 98.844 famílias enlutadas. Brasileiros e brasileiras que se foram pela irresponsabilidade do presidente da República, que não preparou o País para os impactos da pandemia.
Negligência e negacionismo marcam a gestão do Ministério da Saúde, desde que o primeiro caso do vírus foi detectado no País no dia 26 de fevereiro, deste ano. Nenhuma política nacional efetiva de prevenção e enfrentamento a covid-19 foi anunciada naquele período e continua sem ser apresentada.
O presidente da República entregou a gestão da crise para governadores e prefeitos e deu às costas para a população. De fevereiro para cá, Bolsonaro demitiu dois ministros da Saúde, cujas profissões eram a medicina e colocou no lugar um militar, sem experiência na área da saúde.
Nesse período, Bolsonaro proferiu dezenas de declarações públicas negando a periculosidade do vírus, negando as medidas de distanciamento social, orientadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotadas por Estados e municípios, única ação comprovadamente eficaz para reduzir o ritmo de contágio.
Além disso, cometeu crime de improbidade ao mandar o exército aumentar a produção de cloroquina, medicamento utilizado no tratamento da malária e do lúpus, mas sem nenhuma eficácia científica comprovada no tratamento da covid-19.
Contudo, a insensibilidade e a falta de respeito de Jair Bolsonaro para com a memória dos 98.844 mortos, para com as milhões de famílias afetadas emocionalmente com a perda de seus entes queridos, bem como sua irresponsabilidade e má gestão da saúde parecem não ter fim. Bolsonaro não tem limites.
Na quarta-feira (06), em transmissão ao vivo ao lado do militar, Eduardo Pazuello, que responde pela pasta da Saúde, Bolsonaro destacou que apesar do Brasil caminhar para a triste marca de 100 mil mortos, ‘é preciso tocar a vida’.
O presidente chegou a afirmar, sem provas, de que tem menos gente morrendo de outras doenças em 2020, do que morreram em 2019. Dando a entender que neste ano, brasileiros morreram de outras doenças, mas que em seus atestados de óbito registraram covid-19. Tática deplorável de negar o fato de que o novo coronavírus já matou quase 100 mil brasileiros.
O irresponsável teve a insensatez de acusar a classe médica brasileira, que heroicamente tem estado na linha de frente do enfrentamento ao vírus, de estar poupando autópsias ao classificar todas as causas mortes como covid-19.
Logo após desconfiar de que de fato o País esteja se aproximando das 100 mil mortes, Jair Bolsonaro declarou: vamos tocar a vida, tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema.
Oras senhor presidente, a população brasileira não tem condições de tocar a vida tendo que enfrentar sem apoio do governo federal, a maior pandemia dos últimos 100 anos.
Infelizmente não tenho certeza, de que em algum momento, o presidente assuma suas responsabilidades e apresente ao País um plano efetivo de combate ao novo coronavírus. Por isso, defendo com todas as forças o impeachment de Bolsonaro.
A postura omissa do presidente frente à covid-19 é criminosa. Ele é responsável direto pelas 100 mil mortes causadas pelo vírus, maior carnificina da história do Brasil.
É urgente que a União assuma seu papel na política nacional de saúde, para que ações efetivas sejam empreendidas visando evitar que mais vidas sejam perdidas. Isso ocorrerá somente com a saída do negacionista e genocida Bolsonaro.
Em nome da vida e da saúde dos brasileiros e brasileiras, Fora Bolsonaro!
Professora Rosa Neide
Deputada Federal (PT-MT)