Mais de uma centena de entidades da sociedade civil vão realizar no dia 09 de junho a ‘Marcha Pela Vida’, ação virtual que reunirá em vários eventos representações da sociedade civil da saúde; ciência, tecnologia & inovação; comunicação; educação; políticas públicas, entre outras áreas, para propor ações efetivas de combate à pandemia decorrente da Covid-19. O lançamento da ação foi realizado na manhã desta sexta-feira (29), em uma conferência pelo Youtube. Os deputados federais Alexandre Padilha (PT-SP) e Jorge Solla (PT-BA) parabenizaram as entidades pela iniciativa.
“Queremos estimular e divulgar essa ação porque estamos em um momento fundamental quando nos defrontamos com um projeto genocida no País. Me coloco a disposição para essa ação como membro da Comissão Externa da Câmara de Acompanhamento das Ações de Combate ao Coronavírus, para ser um canal de denúncia, de apuração e de iniciativas por meio de projetos de lei”, declarou Padilha.
O deputado Jorge Solla, ex-secretário de Saúde da Bahia, destacou que ao reunir tantas entidades da sociedade civil, a Marcha Pela Vida demonstra que os grupos que desprezam os cuidados com a saúde e a ciência não representam a maioria do povo brasileiro.
“Nós, o povo brasileiro, estamos unidos em defesa da vida, somos uma nação que reage ao instinto de sobrevivência e quer se proteger. O que existe de dissonante não carrega argumentos razoáveis para que se simule uma polarização entre os pontos de vista. Quem discorda da defesa de vidas só carrega ódio e fascismo. Não tem nada a construir, só destruir. Estão à margem de um projeto de nação”, afirmou Solla.
Segundo o Conselho Nacional de Saúde (CNS), uma das entidades organizadoras da ação, a “Marcha pela Vida” concentrará diversas manifestações virtuais da manhã à noite do dia 9 de junho, apontando a necessidade de ações coordenadas e em diálogo com a sociedade civil, para uma resposta científica e humana à pandemia. Para além do dia de atividades, a Marcha Pela Vida irá elaborar documentos e posicionamentos coletivos que apontem caminhos para a produção e promoção de políticas públicas coerentes e necessárias ao momento da epidemia no País.
Para Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, o momento é de unir forças em defesa da vida diante do cenário da crise sanitária, econômica, social e política do País. “A conquista de direitos, ao longo da história, sempre foi um processo de luta e resistência. Não podemos esmorecer, por mais que pareça difícil. Não são apenas milhares de vidas perdidas em uma pandemia, há também milhares de famílias devastadas pela dor. Vamos continuar defendendo a preservação da vida e o governo federal não pode fingir que nada está acontecendo”, protestou.
Histórico
Segundo informações da página do Conselho Nacional de Saúde na internet, o ponto de partida da “Marcha Pela Vida” se origina na redação do “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, lançado em 7 de abril pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela Comissão Arns e Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) e endossado por mais de 100 entidades.
De acordo com o CNS, se na época do “Pacto pela Vida e pelo Brasil” já era apontada a necessidade de colaboração estreita entre sociedade civil e classe política, entre agentes econômicos, pesquisadores e empreendedores na conjugação de esforços para uma resposta à Covid-19, atualmente essa ação é ainda mais urgente. Para o Conselho Nacional de Saúde, o agravamento das crises sanitária e econômica aponta que somente um amplo diálogo pode levar à resolução de lacunas que ainda se impõem e à mitigação de diversas vulnerabilidades expostas pela pandemia.
Além das entidades que participaram do “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, várias outras organizações da sociedade civil também vão estar presentes na Marcha (virtual) pela Vida, em junho. Entre elas a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB); a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes); a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), a Rede Unida e mais de uma centena de outras entidades.
Assista:
PT na Câmara com informações do Conselho Nacional de Saúde