Comissão de reformulação do ensino médio discute contribuição da Psicologia à educação

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Presidida pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a comissão especial da Câmara que debate a reformulação do ensino médio realizou audiência pública, nesta terça-feira (28), para discutir possíveis subsídios da Psicologia para a melhoria da educação.

Além de parlamentares que integram o colegiado, participaram da audiência pública representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Abep) e da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), que defenderam a maior e melhor utilização de profissionais da área ao processo educativo.

Para Reginaldo Lopes, a relação escola-comunidade-professor-estudante tem muito a ganhar com a “visão transversal” que a Psicologia pode oferecer. “O trabalho com a subjetividade, a transversalidade na abordagem, a Psicopedagogia, entre outros elementos da Psicologia, podem romper barreiras que impedem o aprendizado e, assim, contribuir para aperfeiçoarmos a educação brasileira. É nesse sentido que vamos dialogar”, disse o presidente da comissão.

Opinião semelhante possui o deputado Jesus Rodrigues (PT-PI), que também acredita no potencial da contribuição da Psicologia para o sistema educacional. “Já em 2011 apresentei ao Ministério da Educação um indicativo acerca da necessidade de termos um psicólogo em cada escola ou pelo menos na área, com a função de harmonizar o ambiente escolar, tanto no aspecto da convivência dos alunos, que envolve a questão do bullying, como na relação aluno-professor. Além disso, a Psicologia também pode melhorar a forma pela qual as crianças vão aprender”, afirmou Rodrigues, que coordena no Piauí a comissão estadual de reformulação do ensino médio.

Tania Brasileiro, do CFP, chamou a atenção para o impacto das novas tecnologias sobre o conjunto da sociedade e, especialmente, sobre a educação formal. “Os jovens precisam estar preparados, inclusive emocionalmente, para lidar com essa lógica de virtualização, que traz junto um processo de desumanização”, explicou Tania, que defendeu a criação de serviços de psicologia para a rede pública de educação básica, objeto do projeto de lei de nº 3688/00, que tramita na Câmara.

Junto com o CFP, a Abep e a Abrapee também pedem a aprovação do PL 105/07, que inclui a Psicologia como disciplina obrigatória para o ensino médio.

Rogério Tomaz Jr.

Foto: Salu Parente

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