O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) criticou, em plenário, a política econômica do governo Bolsonaro, que promoveu uma verdadeira redução do salário mínimo ao impedir a continuidade da política de valorização do salário mínimo. “Isso vem aumentando a pobreza no nosso País, além do que, parou o cadastramento de novas famílias no Bolsa Família. Mais de 2 milhões de famílias estão na fila aguardando a possibilidade de receber o Bolsa Família”, lamentou.
Zarattini citou ainda que o governo Bolsonaro parou o pagamento de novos benefícios do INSS. “São 2 milhões de pessoas esperando para receber a aposentadoria e outros benefícios previdenciários. É um Governo que não tem nenhuma política de combate ao desemprego. E quando vem com uma política como essa famosa carteira verde e amarela, no fundo introduz o avanço da precarização nas relações do trabalho, fazendo com que o trabalhador ganhe menos, trabalhe menos do que quer e pode trabalhar e seja levado a uma situação de maior precariedade”, denunciou.
Na avaliação do deputado, que não concorda com essa política, o povo brasileiro também não concorda com isso. “E a imprensa, que denuncia esses fatos, vem sendo atacada por esse governo. São ataques contra jornalistas e ataques contra órgãos de imprensa quando propõe o boicote comercial a esses jornais e revistas; quando propõe uma medida provisória para acabar com a publicação de balanços nos jornais. Essas medidas são atentatórias à liberdade de imprensa”, enfatizou.
Ataques ao Congresso
Zarattini criticou ainda os ataques do governo e do próprio presidente Bolsonaro ao Congresso Nacional. “Esse é um Governo que agora insufla uma manifestação contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Ora, isso é o maior atentado contra a democracia que nós podemos ver, porque, se o governo não consegue ter maioria neste Congresso, não consegue estabelecer alianças, não consegue sequer ter um partido político que o sustente, esse governo não pode querer fazer com que haja qualquer movimento contra o plenário da democracia, que é o plenário do Congresso Nacional, da Câmara, do Senado, e o Poder Judiciário, que é o Supremo Tribunal Federal. Nós temos que nos manifestar contra isso!”, afirmou.
O deputado conclui reforçando que é contra o governo estimular setores radicais que não aceitam a democracia a tentar promover qualquer tipo de emparedamento do Congresso Nacional. “O Congresso não se agacha! O Congresso vai se manter com a cabeça erguida, porque aqui é a representação efetiva do povo brasileiro”, frisou.
Vânia Rodrigues