O deputado Bohn Gass (PT-RS) destacou em plenário, nesta terça-feira (11), que duas medidas provisórias do governo Bolsonaro perdem a validade nesta semana: a MP 895/2019, que cria a carteira estudantil digital, e a MP 896/2019, que desobriga o governo a publicar editais de licitações em jornais de grande circulação. “Faz bem a Câmara dos Deputados em não perder tempo com essas medidas. Essas MPs não melhoram coisa nenhuma e só foram feitas para enfraquecer os críticos do governo”, argumentou o deputado.
As duas medidas, editadas pelo governo em setembro do ano passado, perdem a validade no domingo (16) se não for aprovada até lá pela Câmara e pelo Senado. Tarefa complicada, uma vez que o Congresso sequer instalou as comissões mistas necessárias para analisar as medidas – primeira fase de avaliação das propostas antes de submetê-las à apreciação das duas Casas Legislativas.
Carteira estudantil
Sobre a carteira estudantil, Bohn Gass enfatizou que todo mundo sabe que a fabricação das carteiras é fonte de renda para a organização dos estudantes. “Todo mundo sabe que as entidades estudantis estão nas ruas hoje, junto com os estudantes, protestando contra os desmandos de Bolsonaro”.
E sobre a não publicação de editais de licitação em jornais de grande circulação, Bohn Gass lembrou que os jornais, em alguma medida, “também têm sido críticos ao governo”.
O parlamentar ainda citou o humorista Fábio Porchat, que segundo Bohn Gass resumiu bem o modus operandi dessa turma que está no Poder. “Ele Porchat disse que ‘Bolsonaro não governa, ele se vinga’, e o Poder Legislativo não pode se rastejar diante de um governante tão pequeno e tão rebaixado”, defendeu.
Vânia Rodrigues