População está insatisfeita com a falta de projetos do governo e aprovação de Bolsonaro despenca

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais nesta segunda-feira (26) para comentar a queda na aprovação do governo Bolsonaro. Segundo dados da pesquisa CNT/MDA divulgados hoje, a avaliação negativa do governo saltou de 19% para 39,5% no mês de agosto. “A insatisfação é fruto da falta de projetos para como um todo para o País, a economia não deslancha e, agora, a crise no meio ambiente vemos uma calamidade que assola a Amazônia, sem contar os cortes na Educação”, avaliou o deputado João Daniel (PT-SE), em sua conta no Twitter.

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), também em seu Twitter, frisou que são oito meses. “Não oito anos (graças a Deus). O cara que deveria fazer o Brasil crescer e prosperar só trouxe discórdia, tragédias, escândalos e vexames internacionais. Rejeição não aumentou, simplesmente explodiu. O pior presidente da história”, completou

Saúde, meio ambiente e educação são apontados como as maiores falhas do governo Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com a pesquisa, para 30% dos entrevistados a saúde está como o pior desempenho da gestão, seguido do meio ambiente com 26%, e educação com 24%. “Em oito meses Bolsonaro não apresentou um único plano de desenvolvimento para o País, desemprego disparando, Amazônia em chamas, retirada de direitos das trabalhadoras e trabalhadores e privilégios para os familiares”, criticou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Opinião parecida tem o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP): “Não gera emprego, não tem projeto, só beneficia a família e ainda coloca fogo na Amazônia. O povo não perdoa, ” afirmou em sua conta no Twitter.

O deputado José Guimarães (PT-CE) fez questão de reproduzir em sua rede social os dados que confirmam o péssimo resultado para Bolsonaro. Avaliação negativa do governo subiu de 19% para 39,5% e a avaliação pessoal recuou de 57,5% para 41%. E a desaprovação pessoal de Bolsonaro foi de 28,2% para 53,7%. “Os números falam por si. E tudo feito antes da crise do Meio Ambiente”, observou.

E o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) ironizou: “A única coisa que cresce nesse desgoverno é a reprovação de Bolsonaro! Passou de 28% para 53% em menos de seis meses!”.

Já o deputado Nilto Tatto (PT-SP) repetiu em sua conta no Twitter o que vem afirmando desde o início do governo Bolsonaro: “Até o final deste governo, não haverá quem assuma que votou nele ou o apoiou. Até o pinóquio João Dólar, criador do #Bolsodória, já negou seu apoio”, afirmou.

O povo acordou

Na mesma linha, o deputado Rogério Correia (PT-MG) reforçou que o governo Bolsonaro segue descendo ladeira abaixo. “A avaliação negativa de Jair Bolsonaro disparou de 28% para 54%. Quer saber? Vai piorar ainda mais. O povo acordou!”,

A comentar a pesquisa, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), considerou que a insatisfação da população com as barbaridades que vêm ocorrendo “é sintoma de sanidade”. E o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) destacou que apenas 9,5% dos entrevistados acreditam que o presidente está cumprindo totalmente suas promessas de campanha.

Retrocessos do governo Bolsonaro

Meio Ambiente

Neste ano, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerou em fevereiro, 21 dos 27 superintendentes do Ibama, e anunciou um “núcleo de conciliação ambiental”, criado em abril para revisar as multas aplicadas pelo órgão, que teve uma queda de 29% entre janeiro e agosto.

No mês de maio houve o bloqueio de recursos ambientais de R$ 244 milhões. Os programas de fiscalização e combate a incêndios florestais, perderam 38% e 24% de seu orçamento com o contingenciamento de R$ 187 milhões no Ministério do Meio Ambiente.  Além disso, durante os oito meses de governo Bolsonaro, teve perseguição de servidores da área, censura e demissões.

Taxa de desemprego

Na Paraíba, o percentual de desemprego aumentou 0,8% em relação aos três primeiros meses de 2019. Pelo menos 201 mil pessoas estão desempregadas no estado. Na região Nordeste, mais 24 mil postos de trabalhos formais foram desativados em Pernambuco, conforme dados do Ministério do Trabalho e emprego. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pernambuco ocupa a terceira colocação no ranking de estados com maiores taxas de desemprego. O percentual é de 16%. O estado fica atrás apenas do Amapá, que soma 16,9%, e da Bahia, que lidera, com 17,3%.

Educação

No mês de agosto, o Ministério da Educação bloqueou R$ 348,4 milhões que seriam investidos na produção, aquisição e distribuição de obras literárias e pedagógicas no país. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), desse total, R$ 24 milhões estavam reservados para Brasília.

O ensino fundamental e ensino médio serão os mais atingidos. De acordo com o com o FNDE, há 460 mil alunos na rede pública local, dos quais 359 mil integram os ensinos. Os demais estudantes são das creches e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Saúde

O governo Bolsonaro suspendeu no meio do ano, contratos com sete laboratórios públicos nacionais que produzem 19 medicamentos para o tratamento de câncer, diabete e transplantes distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O benefício atendia mais de 30 milhões de brasileiros.

Os deputados petistas Afonso Florence (BA), Benedita da Silva (RJ), Carlos Veras (PE), Erika Kokay (DF), Helder Salomão (ES), Henrique Fontana (RS), Margarida Salomão (MG), Odair Cunha (MG), Padre João (MG), Pedro Uczai (SC) e Valmir Assunção (BA) também comentaram o resultado da pesquisa.

Tuanny Carvalho

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