Senado derruba decreto de Bolsonaro que amplia porte de armas

O plenário do Senado impôs mais uma derrota para Jair Bolsonaro (PSL) ao recusar, na terça-feira (18), o decreto de flexibilização do porte de armas, uma das principais propostas do presidente. Por 47 votos a 28, foi aprovado parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que propõe anular o decreto presidencial que facilitou o porte de armas. O texto será enviado à Câmara e passará por nova votação, ainda sem data prevista.

Bolsonaro havia editado três decretos sobre armas. O primeiro, em 15 de janeiro, com as novas regras sobre posse; o segundo, em 8 de maio, que previa novas regras sobre porte e compra de munições; e o terceiro, de 22 de maio, em que o governo, pressionado, recuou sobre a compra de fuzis. No ato, Bolsonaro alterou o Estatuto do Desarmamento e concedeu o porte a 20 categorias de profissionais, como advogados, profissionais de imprensa que trabalham com cobertura policial e oficiais de Justiça.

Com tudo isso, o Senado entendeu que Bolsonaro desrespeitou uma atribuição do Congresso, ao tentar “legislar por meio de decreto presidencial”. Por isso, o decreto foi considerado inconstitucional.

Durante o dia, Bolsonaro fez um apelo direcionado à bancada ruralista para impedir que o decreto fosse derrubado. “A segurança no campo é uma coisa importantíssima, e nós ampliamos, por decreto, o porte de arma de fogo em todo o perímetro da propriedade de vocês. Não deixem esses dois decretos morrer na Câmara ou no Senado”, implorou o presidente.

Na Câmara, a bancada ruralista tem 224 parlamentares e, no entendimento do Planalto, será decisiva para manter o decreto em vigor.

Faroeste caboclo

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), o estatuto seria substituído por um “decreto do armamento”. “Não podemos delegar à população o que é dever do Estado. Com esse decreto, cada um puxa o seu canhão mais poderoso e vai para o combate. Voltaríamos ao faroeste, a um filme de bangue-bangue”, afirmou.

Segundo pesquisa do Ibope realizada em março e divulgada no início de junho, 73% dos entrevistados pelo instituto foram contrários à flexibilização de porte de armas para cidadãos comuns, contra 26% favoráveis. Sobre a posse de armas, a maioria foi similar: 61% contra a facilitação para ter arma em casa, enquanto 37% eram concordantes. Em ambos os casos, o apoio majoritário é dado pelos homens.

Por Brasil de Fato e Carta Capital

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100