Unidos vamos parar o Brasil no dia 14 de junho, afirma presidente da CUT

“Greve geral, greve geral, greve geral…”, gritaram em coro os 500 dirigentes sindicais que lotaram o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (5), no lançamento da Frente Parlamentar Mista dos Trabalhadores em Transportes. Sim, o setor aderiu à greve geral e, no dia 14 de junho, vai parar em protesto contra a proposta de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro.

O lançamento da Frente teve a participação do presidente da CUT, Vagner Freitas, e dos representantes e presidentes das demais Centrais Sindicais, de confederações, federações e sindicatos de trabalhadores no setor, como a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Transportes e Logística), filiada à CUT.

“O movimento sindical brasileiro é, historicamente, responsável pelas conquistas dos trabalhadores. A unidade das Centrais Sindicais é responsável por nós estarmos de pé e lutando contra a essa Reforma da Previdência, apesar de todos os ataques do governo à organização sindical. Unidos vamos parar o Brasil no dia 14 de junho”, disse o Vagner Freitas, presidente da CUT, no evento de lançamento da Frente.

Vagner destacou a importância da criação da FPM e da participação dos trabalhadores em transportes na greve geral. “É fundamental que os parlamentares e todos os brasileiros vejam e saibam que trabalhadores e trabalhadoras em transportes, bancos, aeroportos, fábricas, comércio, refinarias, em inúmeras categorias e ramos, no campo e na cidade, vão parar no dia 14 de junho, contra esse desmanche da Previdência e da seguridade social”, afirmou o presidente da CUT.

E completou: “Para a mídia e aqueles que esconderam que as manifestações da educação, nos dia 15 e 30 de maio, foram, sim, datas sindicais; foram, sim, chamadas e construídas pelos sindicatos de trabalhadores na educação do Brasil inteiro; foram, sim, chamadas pelas Centrais Sindicais e tiveram a importantíssima participação dos estudantes, do movimento estudantil [aliás, uma salva de palmas aos estudantes], essa é a nossa resposta e essa resposta virá ainda maior na greve geral”.

Resposta ao governo Bolsonaro

O presidente da CNTTL, Paulo João Eustásia, avaliou que o movimento tem tudo para superar o dia 28 de abril de 2017 [a maior greve geral realizada no País até agora] e dar “uma resposta ao governo Bolsonaro com relação aos ataques aos direitos, principalmente contra a Reforma da Previdência”.

A afirmou foi feita na terça-feira (4), em plenária realizada na CUT, quando a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística definiu participação na greve geral. São cinco federações, 45 sindicatos e 93 mil trabalhadores e trabalhadoras nos modais aéreo, viário, metroviário, ferroviário, portuário e mototáxi em todo o País filiados à entidade.

Entre as principais lutas da CNTTL está Projeto de Lei 2163/2003 do deputado Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da CUT nacional, que proíbe a dupla função do motorista nos ônibus e exige a obrigatoriedade de ter um segundo trabalhador no interior dos ônibus nos setores urbanos e suburbanos.

Frente

A FPM foi criada para defender as principais lutas dos trabalhadores no setor.  O objetivo é debater e ampliar as propostas de interesse dos trabalhadores e fortalecer o setor, para torná-lo melhor para quem trabalha e para quem usa.

No setor de transportes, há cinco milhões de trabalhadores assalariados, autônomos e informais, entre motoristas e áreas de apoio, que trabalham no transporte aéreo, marítimo, rodoviário e metroviário, de carga e de passageiros, urbano e no campo, conforme informações do deputado que requereu o lançamento da FPM.

 

Do site da CUT

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