Votar a MP que restitui os R$ 600 de auxílio emergencial é a principal pauta da Câmara, defendem petistas

Parlamentares da Bancada do PT se revezaram na tribuna virtual da Câmara nesta terça-feira (6) para afirmar em alto e bom som que não há nada mais importante na agenda da Casa e do Brasil, nesse momento, do que a apreciação da medida provisória (MP 1.000/20), que reduziu o valor do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300. “Precisamos votar e derrotar os R$ 300 para garantir o benefício de R$ 600 até dezembro”, afirmou a deputada Luizianne Lins (PT-CE).

A parlamentar do PT cearense alertou ainda que além de reduzir o valor do auxílio emergencial, a medida provisória também limitou a quantidade de brasileiros que poderão receber o benefício. “Até agosto, 42 milhões de brasileiros, além das pessoas cadastradas no Programa Bolsa Família, receberam auxílio emergencial de R$ 600. Mas, desde a edição da MP 1.000, em setembro, isso mudou, o governo Bolsonaro além de reduzir o valor para R$ 300 e dividir os beneficiários em quatro grupos: quem recebe 4 parcelas, quem recebe 3 parcelas, quem recebe 2 parcelas e quem recebe somente mais uma”, explicou.

Luizianne Lins frisou que por esses critérios, dos 42 milhões que receberam o auxílio de R$ 600 reais, apenas 27 milhões receberão parcelas — seja de 1, 2, 3 ou 4 — do auxílio de R$ 300 reais. “Isso significa que 15 milhões de brasileiros, a partir deste momento, não receberão agora ou nos próximos meses. Portanto, já houve a quebra, já houve o prejuízo”, lamentou.

O deputado Padre João (PT-MG) fez coro no apelo para que se coloque em votação a MP 1.000. “Na verdade, ela (MP) não deveria nem ter existido. Alguns podem falar: “Mas por que, então, o PT está falando que é importante pautar essa medida?” É porque, na verdade, o presidente Bolsonaro já cortou R$ 300 do auxílio emergencial desde quando editou a medida provisória. Já está valendo o corte. E por isso, nós queremos pautar para reverter essa maldade, para reverter esse corte covarde e cruel”, afirmou.

Padre João alertou que a crise em 2021, em relação à segurança alimentar, vai ser muito maior. “Então, temos que pautar essa medida no plenário para nós revertermos. Há uma emenda do PT para revertermos e garantir os R$ 600. É uma emenda para que se garanta esses R$ 600 até 31 de dezembro”, reforçou.

Salvando vidas

Na mesma linha, o deputado Rubens Otoni (PT-GO) defendeu a apreciação da MP 1.000. “Nós queremos que essa medida provisória seja incluída na pauta, porque realmente nós não podemos aceitar a atitude do presidente Bolsonaro, e do seu governo, de cortar pela metade o auxílio emergencial que está na prática hoje salvando vidas em todo o País”, argumentou.

Segundo o deputado Otoni, o auxílio emergencial de R$ 600 tem sido fundamental para que a crise sanitária e econômica não se torne cada vez mais grave. “Porque o descaso do presidente da República, a omissão do Ministério da Saúde, a incompetência do Ministério da Economia têm feito da pandemia uma situação muito mais grave e mais dramática do que deveria ser. Esta é a realidade. E, cortar pela metade o auxílio emergencial, significa dobrar o sacrifício do povo brasileiro”, protestou.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) também defendeu a votação da MP. “Não é possível impedir que haja uma prorrogação do auxílio emergencial, auxílio esse que vai ajudar a esta população que está faminta, desempregada e miserável até dezembro. Por isso a MP 1000 tem o total apoio de todos nós da Bancada do PT e dos partidos de Oposição. Nós temos que restabelecer isso. Esta é uma ação que consideramos uma ação antipovo. Como reduzir para R$ 300, se as pessoas já estão com dificuldades, mesmo com os R$ 600?”, indagou.

Renda mínima

O deputado Airton Faleiro (PT-PA) enfatizou que, além de derrotar os R$ 300, garantindo os R$ 600 até dezembro, é preciso ir mais longe, pensar em uma saída para depois do auxílio emergencial. “Nós precisamos ter um programa de renda mínima permanente, à luz do que foi o Bolsa Família neste País, ampliando-se o número de beneficiários. Mas antecipo: a renda não pode ser de R$ 300, tem que ser de no mínimo R$ 600, porque nós vamos, além de tudo, viver uma ressaca profunda na nossa economia após a pandemia”, ponderou.

Taxação das grandes fortunas

E os deputados Merlong Solano (PT-PI) e Rogério Correia (PT-MG) além de defender a votação da MP 1.000, apontaram fontes de recursos para a manutenção do auxílio emergencial no valor de R$ 600 até dezembro: a aprovação de uma Reforma Tributária justa, que tribute as grandes fortunas.

“Manter o auxílio emergencial em R$ 600 não é apenas uma medida de caráter humano e social, é também uma medida de inteligência econômica. E aí vem a pergunta: como pagar esse custo? Num primeiro momento, pode continuar sendo pago através do aumento da dívida pública, como está sendo feito em todo o mundo. Agora, em médio e longo prazos, esse custo tem que ser pago por uma revisão da nossa estrutura tributária, e podemos começar a fazer isso imediatamente, sem termos que alterar a Constituição. Basta regulamentar o imposto sobre grandes fortunas, que já está previsto pela Constituição de 1988, e passar a cobrá-lo”, explicou Merlong Solano.

Além disso, continuou Solano, “é preciso acabar com privilégios que foram introduzidos no nosso sistema, em 1995, por uma lei, revogar essa lei que permite a isenção de lucros e dividendos para pessoas físicas e que permite deduções na hora de recolher lucros e dividendos para pessoas jurídicas”, completou.

E o deputado Rogério Correia pediu também a inclusão do PL 1.285/19, de sua autoria e que já tem regime de urgência para sua tramitação. “Isso vai permitir que se possa taxar lucros e dividendos. A receita é outra agora; não é arrocho, arrocho em cima do povo, e, sim, obrigar a que no Brasil exista a divisão da renda, para que as grandes fortunas sejam taxadas”, argumentou.

Também defenderam a votação da MP os deputados Bohn Gass (PT-RS), Célio Moura (PT-TO), Erika Kokay (PT-DF), João Daniel (PT-SE), Joseildo Ramos (PT-BA), Marcon (PT-RS), Professora Rosa Neide (PT-MT), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Valmir Assunção (PT-BA).

 

Vânia Rodrigues

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100