Você é a favor da morte de 13 mil crianças palestinas? Se concorda com Israel, sim

Deputado Padre João (PT - MG) - Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Defender Israel equivale a compactuar com o massacre de 12.660 crianças inocentes que mal sabiam o motivo de sua condenação à morte. O regime de extrema-direita que lidera Israel está determinado a eliminar o povo palestino. Se você acha que as palavras de Lula foram ofensivas aos judeus que sofreram no Holocausto, revela um senso de humanidade seletivo. Crianças palestinas podem morrer diariamente sem despertar empatia ou solidariedade.

Uma simples comparação com diversos conflitos ou guerras recentes revela a magnitude dessa atrocidade. Não que estas vidas não valham, muito pelo contrário. Mas os números assustam. A guerra na Ucrânia, com quase dois anos de duração, apresenta uma média de 0.7 crianças mortas por dia. O conflito na Síria, que se estende por 11 anos, resultou na morte de 12 mil crianças, uma média de 3 por dia. Agora, considere 134 dias de confronto na Faixa de Gaza, em que 12.660 crianças palestinas perderam a vida, alcançando uma média de 95 mortes diárias. Quem de fato é terrorista?

Se você não se solidariza com o massacre dos palestinos, é hora de repensar sua compreensão da humanidade.

A geografia determina seu destino. Você é sentenciado pelo lugar onde nasceu. Além de todo sofrimento, é rotulado como criminoso e terrorista, quando na verdade está apenas lutando para sobreviver diante de bombardeios, falta de água, eletricidade limitada, escassez de alimentos e desemprego. Para piorar, é cercado por muros e não pode escapar. Esta é a realidade dos palestinos, especialmente em Gaza. Ao longo da história, vimos situações semelhantes categorizadas como genocídio, campos de concentração, apartheid ou holocausto.

Palestina

Força, Palestina! Vocês são resistentes e merecem um futuro digno e humano. Sofremos diariamente ao testemunhar o que vocês enfrentam à distância. Que o principal líder dos países emergentes seja o porta-voz de todo o sofrimento e injustiça que a Palestina enfrenta há anos, intensificados desde outubro.

Vamos a mais números da destruição: 70 mil casas, 194 mesquitas, todas as universidades e escolas da Faixa de Gaza, 31 hospitais e 53 centros de saúde. Além disso, temos 290 prédios com alto índice de danos. Cerca de 75% dos jornalistas mortos em 2023 foram vítimas da ofensiva em Gaza. Já são mais de 100 funcionários da ONU mortos no conflito, recorde histórico. O objetivo de Benjamin Netanyanu segue funcionando: riscar a Palestina e os palestinos do mapa. Quem são mesmo os terroristas?

Crimes de guerra

Não surpreende que os defensores de Israel no Brasil sejam os mesmos que apoiaram o ex-presidente e futuro presidiário, Jair Bolsonaro, cuja incompetência e negligência resultaram em mais de 600 mil mortes na pandemia de Covid-19. São da extrema-direita do ódio, do sangue e da morte. Tentarão usar esta questão para ocultar todos os crimes revelados nas últimas semanas, incluindo a tentativa de golpe de estado planejada pelo líder do grupo criminoso ao qual pertencem. Bolsonaro deve ser responsabilizado pelos crimes de Estado, assim como Netanyahu pelos crimes de guerra.

 

Por:  deputado federal Padre João (PT-MG) e

Deputado estadual Leleco Pimentel (PT-MG) – Projeto Juntos para Servir

 

 

 

 

 

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